Novo em 'Artigos' Currículo mais flexível no Ensino Médio Novo em 'Artigos'Matrículas no ensino básico caem 1,13 milhão em 2009 Novo em 'Artigos' Criar filmes e livros especialmente para telefones é uma tendência que está em alta Novo em 'Artigos' Gêneros textuais, suportes e legibilidade O Brasil ainda tem 14,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, segundo os dados mais recentes da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
O estudo foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) nesta sexta-feira (18) e tem informações referentes ao ano
de 2008.
ANALFABETISMO "PREOCUPA"
EM QUE O BRASIL DEVE MELHORAR?
VEJA O ESPECIAL PNAD 2008
Para Maria Clara Di Pierro, professora da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), enfrentar
o analfabetismo não é estritamente uma questão de políticas
educacionais, mas de políticas multissetoriais. Ela explica que o
analfabetismo ocorre em duas vertentes: como resultado do contingente
que hoje tem mais de 40 anos e não foi à escola e como consequência de
condições precárias de vida de parte da população.
Mais de 25 anos
Dos 14,2 milhões de analfabetos, 95% têm 25 anos ou mais. É um contingente de 13,5 milhões de brasileiros.
O
Nordeste concentra mais da metade do total de analfabetos com mais de
15 anos, com 7,5 milhões. Nesses Estados a taxa de analfabetismo
alcança 19,4% - ou seja, quase um em cinco habitantes da região não
sabe ler nem escrever. A taxa do Norte é a segunda maior do país, com
10,7%.
Por ser a região mais populosa, o Sudeste fica em
segundo lugar no ranking em números absolutos, com 3,6 milhões de
analfabetos. O Sul continua com a menor taxa de analfabetos (5,5%),
mas, ainda assim, acumula 1,1 milhão de analfabetos. O Centro Oeste,
por sua vez, tem a menor quantidade de analfabetos, com 839 mil e taxa
de 8,2%.
Analfabetismo funcional
O número de analfabetos funcionais
continua alarmante: apesar da queda de 0,8% em relação à última taxa
divulgada, em 2007, o Brasil ainda concentra 21% de pessoas com mais de
15 anos e com menos de 4 anos de estudo completos. Esse percentual
representa, segundo os dados divulgados hoje, 30 milhões.
O
analfabeto funcional sabe ler, mas não consegue consegue participar de
todas as atividades em que a alfabetização é necessária para o
funcionamento efetivo de sua comunidade. Ele não é capaz de usar a
leitura, a escrita e o cálculo para levar adiante seu desenvolvimento,
segundo a Unesco.
Há mais homens entre os analfabetos
funcionais: a taxa é de 10,2%. No grupo das mulheres, o percentual é de
9,8%. Todas as regiões registraram queda na taxa e o Nordeste continua
sendo a que tem mais pessoas nessa condição, com 31,6% da população. A
segunda maior taxa está no Norte, com 24,2%, seguida pelo Centro-Oeste,
com 19,2% e pelo Sul (16.2%). A região Sudeste é a que tem menor
concentração de analfabetos funcionais: a taxa é de 15,