Descobri ontem, lendo excelente matéria na revista Época desta semana, de autoria de Peter Moon _“Darwin estava errado?”, a propósito do bicentenário de nascimento do maior cientista do século XIX, que nasci no mesmo dia do mês que  ele. Já havia descoberto, quando passei meu aniversário de vinte anos nos Estados Unidos, que também sou malunga com Abraão Lincoln, mas confesso que partilhar meu aniversário com o britânico Charles Darwin me emociona mais que partilhá-lo com o presidente americano que venceu a Guerra da Secessão e aboliu a escravidão em seu país, ainda que eu  o respeite muito.

Aprendi também, na mesma reportagem especial, que a primeira parada do brigue de três mastros e seis canhões da Marinha Real, que trazia a bordo o jovem naturalista, Charles Darwin, foi em Salvador, em 29 de fevereiro de 1832. No Recôncavo Baiano, Darwin ficou mesmerizado com a visão da Mata Atlântica, sua primeira experiência com a profusão de vida animal e vegetal em uma floresta nos trópicos.

A viagem no Beagle durou seis anos (1831-1836). Da Bahia, a expedição rumou para o sul, margeando a costa, parando em Montevidéu, Buenos Aires e Ilhas Malvinas. Contornou o extremo sul do continente, pelo Estreito do Beagle e demandou o norte, seguindo pelo litoral do Chile até Galápagos, no Equador. A cada parada, Darwin observava a fauna e fazia as anotações que o levaram a desenhar a árvore da vida, ao chegar à Inglaterra. Nessa árvore cada ramo é uma espécie, que conduz a novas espécies, no processo de adaptação pela sobrevivência.

Hoje em dia, com as pesquisas do DNA, os cientistas sabem que a árvore é de fato uma teia, mas as ideias revolucionárias de Darwin continuam válidas. Existem evidências contemporâneas de que as mutações se dão por meio de infecções virais. Quando são adaptativas essas infecções, que podem inocular espécies distintas, invadem o DNA dos hospedeiros e promovem  mudanças. ( in "Uma palavra depois da outra" neste site, em 9 de fevereiro de 2009)

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