Discute-se desde a historicidade de Jesus (afinal, fora os livros incorporados ao Novo Testamento, não há nenhum registro de sua presença física), até o seu papel como criador de uma nova religião (quem criou o cristianismo teria sido Paulo, enquanto Jesus teria sido um contestador do poder dos sacerdotes do Templo, nunca um contestador do judaísmo). Estudei um bocado o período e tenho, é claro, algumas ideias próprias a respeito, mas nunca escrevi algo maior a respeito. Afinal, o Brasil precisa de mais leitores. Gente escrevendo, temos muito, como diz um amigo criticando a proliferação de bobagens na internet...
Minha compreensão é que, após o período dos Grandes Profetas, depois do exílio babilônico, tivemos duas linhas monoteístas que se opunham, o judaísmo profético e o mais formal, do Templo. Jesus negava o Templo, mas era um em muitos e não chegou a se celebrizar, razão pela qual não aparece em escritos da época (nem em Flavio Josefo).  Foi Paulo quem o celebrizou, atribuindo-lhe uma série de falas, sobre as quais há várias certezas e muitas dúvidas. Paulo foi habilíssimo, já que "limpou" o judaísmo de práticas que prejudicavam seu crescimento (a história do povo eleito, a circuncisão, etc.). 
São apenas ideias...
Abraço,
Jaime Pinsky
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