"Na despedida com pressa,
escrever me prometeste.
Esqueceste da promessa,
Ou apenas me esqueceste?”
Essa quadrinha é de J.G. de Araújo Jorge, poeta brasileiro do século XX, que se dedicou a compor poemas mais ligeiros.
Ela me ocorreu em função do tema da redação do recente vestibular da UnB : “A pressa nossa de cada dia”, ou quase isso.
E já que estou numa sessão nostalgia, me lembrei de uma palavra que Mamãe gostava de usar : “azáfama” .
O Google define azáfama como grande pressa e ardor na execução de um serviço.
p.ext. grande atividade e confusão; atropelo, atrapalhação.
A vida moderna tem compromisso com a pressa : fazer tudo ao mesmo tempo...
Mas há também o reverso da moeda. Os indivíduos zen, que sabem meditar e gostam de fazê-lo. Sua calma, sua tranquilidade às vezes dá ensejo a piadas, a estereótipos. Não é o que dizem dos baianos ?
Faço uma auto-avaliação e constato que me encaixo no primeiro grupo. Me aflijo. Redijo uma notinha mental: é urgente procurar umas aulas de Ioga seguidas de exercícios de meditação. O quanto antes ...
Brasília, junho de 2018