Pólo de atração consolidado
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Marley Aguiar, de Arinos (MG), fez mestrado na capital federal
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Brasília, de alguma forma, faz parte da vida de quem vive em Buritis e Arinos (MG). A dona-de-casa Zilma José Joaquim, 40 anos, nasceu na também mineira Unaí, cresceu em Buritis, mas todo mês vem ao DF. “Aqui não temos muito a ver com BH (Belo Horizonte), não. Qualquer coisinha, a gente se manda para Brasília”, diz a mulher, que há dias está sem celular porque quer mudar de operadora. Para tanto, precisa ir a Brasília. “Não se consegue fazer isso aqui. Nem mesmo consertar uma máquina digital. Não existe mão-de-obra especializada.”
Em Arinos, a população de cerca de 18 mil habitantes também está ligada, e muito, a Brasília. A estudante Dallyana Mendes, 20 anos, é arinense de coração e, se pudesse, não saía da cidade nunca. Desde 2006, ela vive com uma tia no Guará (DF), onde cursa pedagogia. Mas todo fim de semana volta para casa. Só não faz a mesma escolha de Dallyana o jovem arinense que não tem condições de se manter na capital. “A sorte de Arinos é estar perto de Brasília. Se não, seria mais uma cidade esquecida”, pondera Dallyana, que, quando terminar o curso, pretende retornar à terra natal para não sair mais. “Minhas raízes estão aqui”, justifica.
De acordo com o IBGE, as capitais concentram cerca de 70% dos cursos de pós-graduação. É por isso que a professora arinense Marley Aguiar, 42 anos, não teve outra saída a não ser procurar um mestrado em Brasília. Aos 16 anos, ela conheceu a capital federal, a 240km dali. Apaixonou-se pelo o que viu e, ao contrário de Dallyana, agora sonha em sair do interior de Minas para ser servidora pública em Brasília. Por enquanto, é obrigada a contentar-se com a visita mensal à cidade por conta do mestrado. “Minha ‘mineirice’ ficou para trás”, afirma Marley, que dá aulas em uma escola estadual de Arinos.
Os primos Mateus e Daniel Freitas, ambos de 9 anos, têm sangue mineiro, são de Buritis. E também alimentam a imagem de Brasília como referência de cidade grande. Os dois estudam e, nas horas vagas, trabalham de engraxate nas ruas. Matheus nunca saiu da cidade onde nasceu. Cresce ouvindo falar em Brasília. “Tem um vereador que mora lá. E vem aqui para ganhar voto. Meu irmão também já foi lá”, conta. Daniel foi a Brasília uma vez, quando quebrou o braço. Mas era pequeno, não lembra de nada. Morre de vontade de voltar. “Quero ir ao cinema!”, revela.
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Categoria pai: Seção - Notícias
Um pouco de estresse, todo mundo tem. Os profissionais de saúde arriscam dizer até que, dependendo do grau, ele pode ser benéfico.
Eduardo Gomes, diretor da Rede de Clínicas Anna Aslan, explica que só não se estressa quem não está vivo. E estar vivo significa se adaptar a cada momento e situação, o que é possível graças ao mecanismo de liberação da adrenalina, que provoca o estresse .
É importante saber que prejudicial é o mau estresse, ou distress, como é chamado pelos americanos. O distúrbio ocorre quando nosso organismo é submetido a um esforço exagerado e constante a ponto de causar um esgotamento da capacidade de se adaptar. O médico alerta que é nesse ponto que surgem as doenças. Na prática, isso significa que alterações como insônia ou sono excessivo, ausência ou aumento incontrolável do apetite, infecções freqüentes e disfunções sexuais indicam a necessidade de tratamento.
Timidez demasiada, insegurança, dificuldade de se comunicar ou de falar em público ou um prazo apertado para entrega de um trabalho são algumas situações que desencadeiam o problema, no âmbito profissional. Outros fatores implacáveis são os conflitos de relacionamentos pessoais como, por exemplo, uma separação conjugal.
O estresse surge da necessidade do corpo de se adaptar a uma nova situação. O estopim pode ser qualquer dificuldade física ou emocional, mas é possível perceber seus sintomas. Segundo o geriatra Eduardo Gomes, basta observar seu próprio ritmo e notar mudanças de comportamento como intolerância, irritações constantes e alterações no humor além do normal.
Geralmente, as relações afetivas e sociais de um estressado são falhas. O convívio familiar também fica complicado, pois o indivíduo se irrita com facilidade, se interessa pouco pelos outros e se descontrola por qualquer motivo. No trabalho, o desgaste para desempenhar as tarefas é maior e os erros aparecem com mais freqüência. O médico diz que a atenção e a concentração podem ser afetadas e o sono deixa de ser reparador, como deveria.
Causa de envelhecimento
Além de causar todos esses transtornos sociais e afetivos, o estresse ainda é capaz de prejudicar a aparência do indivíduo. Segundo explica Eduardo gomes, o estresse e o envelhecimento precoce andam de mãos dadas. Quando nos estressamos, há um considerável aumento de radicais livres, moléculas que debilitam o sistema imunológico e forçam o organismo a consumir mais nutrientes que o normal para se equilibrar. O resultado do desgaste é uma pele envelhecida antes da hora.
Os danos não param por aí. Qualquer alteração na derme tende a piorar com o distúrbio. Por essa razão, uma simples micose pode ganhar grandes dimensões e não raro ocorre queda excessiva de cabelo. Gomes esclarece que essas disfunções acontecem porque a pessoa tensa está sempre produzindo muita adrenalina, que provoca vasoconstrição periférica, ou seja, a pele e o couro cabeludo ficam mal irrigados e os nutrientes importantes para deixá-los saudáveis não os atingem nas quantidades adequadas.
Mantenha-o sob controle
Além de prejudicar a aparência e as relações pessoais e profissionais, o estresse desequilibra a mente e precisa ser tratado, muitas vezes, por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde. Para afastar o mau estresse, o médico recomenda a prática de uma atividade física regular, adotar uma alimentação balanceada, dormir de seis a oito horas por noite, a cultivar amizades saudáveis, se permitir momentos de lazer e a tirar no mínimo 15 dias de férias por ano. (Fonte: JB Online)
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