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Nova edição da Bienal Internacional do Livro mostra que editoras começam a se adequar ao novo acordo ortográfico, que entra em vigor em 2009

Edgard Muranowww.revistalingua.com.br

A 20ª edição da Bienal Internacional do Livro, maior do gênero no país e segunda maior do mundo, espera reunir este ano mais de 800 mil visitantes, entre 14 e 24 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo. Entre convidados internacionais e lançamentos só para a ocasião, o evento dará lugar aos primeiros movimentos das editoras de adequação ao novo acordo ortográfico, que entra em vigor em 2009 e, durante os dez dias de bienal, será alvo de debates.

Como na edição passada 78% dos visitantes compraram livros (média de três exemplarespessoa), é alta a expectativa em relação às vendas deste ano. A tendência de público também tem sido crescente: saltou de 500 mil pessoas em 2004 para 800 mil em 2006. Um aumento de 60%.

O evento reflete o mercado editorial brasileiro. Só em 2006, último ano com balanço disponível, foram vendidos no Brasil mais de 310 milhões de exemplares lançados naquele ano. A manter a média de outros anos, os estudos sobre língua portuguesa devem responder por cerca de 6% dos exemplares vendidos no país, entre didáticos (a maioria, com cerca de 80% dos lançamentos que foram vendidos) e temas relacionados a linguagem, filologia, lingüística e língua portuguesa (dicionários, gramáticas, paradidáticos).

Momento
O mercado editorial vive uma grande fase. Em seis anos, o faturamento do setor saltou de R$ 2,06 bilhões para mais de
R$ 2,14 bilhões, com aumento expressivo do consumo de livros pelos brasileiros, segundo levantamento encomendado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). De acordo com a pesquisa, programas executados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pelos quais o governo compra lotes de livros das editoras e os distribui em escolas públicas, continuaram impulsionando o meio editorial: em 2005, foram vendidos 87,8 milhões de exemplares por essa via; em 2006, 125,3 milhões, um aumento nada desprezível de 42,78% nas vendas.

A pesquisa revela que o faturamento com livros didáticos sofreu leve queda de 2005 (R$ 9,45 milhões) para 2006 (R$ 8,72 milhões). Mesmo assim, foram editados 15,9 mil títulos em 2005, contra 17,9 mil em 2006, crescimento de 12,19% na produção desse período. Os livros de português chegam a representar, a depender do ano, 10% dos didáticos lançados no país.

Crianças
Além do didático, outro segmento que também tem apresentado bom desempenho é o da literatura infantil. Em 2005, foram editados 2,7 mil títulos, ante 3,03 mil em 2006. Visando este segmento, a edição deste ano criou um espaço chamado Bienal Criança, no qual se esperam cerca de 100 mil visitantes mirins.

- Tradicionalmente, a bienal recebe um grande público na faixa etária dos 5 aos 17 anos, seja por meio dos programas de visitação escolar, seja nas áreas dedicadas às atrações infantis - diz Rosely Boschini, presidente da CBLivro.

Na edição anterior, o evento recebeu 180 mil crianças, da pré-escola ao ensino médio. A área infantil contará agora com 2 mil metros quadrados de atividades lúdicas, como contadores de histórias, oficinas de leitura, escrita, ilustração e demonstrações do processo de fabricação do papel e de livros.

Para Rosely Boschini, os pais brasileiros não têm o hábito da leitura, o que torna ainda maior a responsabilidade da escola sobre a formação dessas crianças. Segundo a presidente da CBL, seria necessário que se insistisse em políticas públicas de incentivo à leitura, sobretudo na revitalização de bibliotecas e na aquisição de novos acervos, bem como na formação de professores.

Acordo
De olho no público jovem, a Editora Positivo, mais conhecida pelo Aurélio, guardou para esta Bienal alguns lançamentos, entre eles o Dicionário Aurélio Ilustrado, destinado à primeira fase do Ensino Fundamental e com mais de 10 mil verbetes e 600 fotos; e o dicionário Palavrinha Viva, coordenado pelo professor Francisco da Silva Borba, um dos maiores lexicógrafos do país. A editora, que está investindo R$ 230 mil em sua participação no evento, pretende lançar uma versão do Miniaurélio segundo as regras do novo acordo ortográfico.

A reforma na língua portuguesa também estará presente nas mesas de debate que acontecem durante a bienal. Em 21 de agosto, no Espaço Universitário, o assessor do ministro da Educação, Carlos Alberto Ribeiro de Xavier, e o professor da Universidade Nove de Julho, Maurício Silva, conduzirão o tema O acordo ortográfico: o que o Brasil ganha com isso?.

Idioma
O idioma, por sua vez, será alvo de debates na mesa-redonda Língua Portuguesa, Língua Brasileira, em 15 de agosto, também no Espaço Universitário, com a presença de Ataliba de Castilho, professor da USP, Maria Helena de Moura Neves, professora da Unesp e Mackenzie, e do gramático Evanildo Bechara.

A edição deste ano comemora os 200 anos da indústria do livro no país, introduzida pela família real portuguesa, além de prestar homenagem a Portugal, Japão (em razão do centenário da imigração japonesa no Brasil) e Espanha (pela realização do Congresso Ibero-americano de Editores em São Paulo, às vésperas da bienal). Também foram confirmados convidados internacionais, nomes de peso como o do mexicano Guillermo Arriaga, roteirista dos filmes 21 Gramas e Babel, o italiano Vincenzo Cerami, co-autor do roteiro de A Vida é Bela, entre outros.

Língua na Bienal
A Editora Segmento tem seu lugar garantido na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Com dois estandes no Pavilhão do Anhembi, localizados na Rua G - Avenida 6 e Rua A - Avenida 7, serão comercializadas assinaturas das revistas Língua Portuguesa, Educação, Melhor - Gestão de Pessoas, Ensino Superior e Escola Pública.
Para mais informações, acesse o site www.editorasegmento.com.br

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O mesmo Ministério da Educação que acaba de constatar a má qualidade de 508 cursos universitários no Brasil financia as instituições criticadas via bolsas do ProUni. Estudantes de baixa renda são atingidos

Correio Braziliense

O governo federal ajuda a financiar cursos de nível superior reprovados pelo Ministério da Educação. Levantamento feito pelo Correio mostra que 2.207 bolsas de estudo parciais ou integrais concedidas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), do MEC, foram oferecidas este ano por instituições que tiraram notas 1 e 2 no Conceito Preliminar (CP), novo instrumento de avaliação desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Na quarta-feira, o MEC divulgou o desempenho obtido por cursos de 16 áreas do conhecimento, incluindo medicina, odontologia, fisioterapia, nutrição e farmácia. Dos 3.239 avaliados, 508 tiraram notas 1 ou 2, sendo 17 no Distrito Federal. Haddad lembrou que as instituições que não fazem um bom trabalho têm motivos para se preocupar. Esses cursos serão visitados por equipes técnicas do ministério e podem até mesmo perder o credenciamento. O CP leva em conta, além da nota dos formandos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), itens como o percentual de professores-doutores, o projeto pedagógico e a infra-estrutura oferecida.

Mesmo assim, por meio do ProUni, estudantes de baixa renda são estimulados a freqüentar cursos que, pelos conceitos obtidos, possuem qualidade duvidosa. O programa, regulamentado em 2005, oferece isenção de tributos às instituições de ensino superior particulares que garantam bolsas a alunos comprovadamente sem condições de pagar as mensalidades. Desde a criação até o primeiro semestre deste ano, 385 mil pessoas foram beneficiadas, sendo 270 mil com bolsas integrais.

Medicina
Dos cursos que obtiveram a pior avaliação - o conceito 1 -, 68 bolsas de estudo foram concedidas este ano nas áreas de biomedicina, educação física, fisioterapia, odontologia e medicina. Somente a Universidade Iguaçu, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, concedeu 38 bolsas, todas integrais, para futuros médicos. Ao contrário do que costuma ocorrer com as faculdades de medicina, extremamente concorridas mesmo quando as mensalidades ultrapassam R$ 1 mil mensais, a universidade tem 103 vagas remanescentes na área e, para preenchê-las, precisou publicar um novo edital de convocação de alunos, além dos dois vestibulares ocorridos neste ano.

De acordo com o levantamento do Correio, dos cursos com conceito 1 e 2 que participam do ProUni, o que mais ofereceu vagas em 2008 foi o de enfermagem, com 1.189 bolsas parciais e integrais. Em seguida, vêm fisioterapia (294), nutrição, (293), educação física (227) e odontologia (143). No outro extremo, estão tecnologia em radiologia (29) e zootecnia (14).

O secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, diz que, para que um curso seja desvinculado do ProUni, ele deve ser reprovado duas vezes consecutivas, segundo critérios de desempenho do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) que não incluem, por exemplo, as notas do Enem.

Quanto à indagação dos eventuais prejuízos acadêmicos decorrentes por termos estudantes do ProUni nesses cursos, nos preocupamos igualmente com todos estudantes desses cursos, sejam eles bolsistas ou não. Assim, os eventuais protocolos de compromisso visam a estimular fortemente que esses mesmos cursos tenham avaliações melhores no próximo ciclo, diz. Se isso não ocorrer, não hesitaremos em tomar as providências, sejam aquelas que dizem respeito às bolsas ProUni sejam as demais que o contexto específico sugerir.

Entidades se defendem

Os conceitos divulgados pelo Ministério da Educação surpreenderam representantes de instituições de ensino superior mal avaliadas do DF. Ficamos muito frustrados, devido ao bom trabalho desenvolvido. Não esperávamos receber uma nota tão baixa, afirma Arnaldo Basso, coordenador do curso de zootecnia das Faculdades Integradas da Terra de Brasília, que tirou conceito 1. Ele diz que o currículo é 70% igual ao de agronomia (nota 3) e a infra-estrutura, a mesma.

A professora-doutora Adriana Pederneiras, diretora do curso de nutrição da Universidade Católica, que obteve conceito 2, também se diz surpresa. É inexplicável. Não recebemos ainda os relatórios para saber se houve alunos que boicotaram o Enade. Acho muito bom que o MEC faça essa visita para verificar que esse resultado não é verdadeiro, diz.

Por meio de nota, a Faculdade Alvorada, que tirou 2 em educação física, disse que o conceito não reflete a real qualidade de ensino dada (sic) pelo corpo docente, composto de 77% de mestres e doutores, aliada à estrutura física de excelência.

 

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06 08 2008 Um grupo de pesquisadores descobriu em experiências com ratos que injetar altas doses de vitamina C ajuda a reduzir o peso e o ritmo de crescimento dos tumores em vários tipos de câncer.

Os pesquisadores implantaram três tipos de células de câncer agressivo em ratos de laboratório: tumores de ovário, pâncreas, e de cérebro, relatou um artigo da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os tumores dos ratos que receberam altas doses de vitamina C, conhecida também como ácido ascórbico, cresceram quase a metade que os dos roedores que não receberam injeções.

Segundo o estudo, a vitamina C desempenha um papel crítico na saúde e uma deficiência prolongada dela causa escorbuto. Entre outras coisas, a vitamina C atua como um antioxidante que protege as células dos radicais livres.

Doses - No entanto, uma dose excessiva de vitamina pode impedir a assimilação do ácido ascórbico. Por isso, os cientistas o injetaram nas veias ou nas cavidades abdominais dos roedores com tumores de cérebro, ovários e pâncreas.

Desta maneira, puderam fornecer-lhes altas doses de ácido ascórbico de até quatro gramas por quilo de peso corporal por dia. Isto permitiu aos pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde testar a idéia que o ácido ascórbico, quando injetado em dose alta, pode ter um efeito pró-oxidação, em vez da atividade antioxidante.

Segundo esta hipótese, os pró-oxidantes gerariam radicais livres e peróxido de hidrogênio, o que, segundo os cientistas, poderia matar as células do tumor.

Assim, os pesquisadores descobriram que as altas concentrações de ácido ascórbico tinham um efeito anticancerígeno em 75% das linhas de células de câncer testadas, e que não afetavam as normais.

Em seu estudo, os pesquisadores também mostraram que estas altas concentrações de ácido ascórbico poderiam ser usadas em seres humanos. (Fonte: Folha Online)

 

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Brócolis pode reverter danos da diabetes ao coração, diz estudo

Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos sugere que o brócolis pode reverter danos causados pela diabetes aos vasos sangüíneos do coração.

A equipe, da Universidade de Warwick, acredita que um composto fabricado pelo vegetal, o sulforafano, seria responsável pela produção de enzimas que protegem os vasos, e de moléculas que reduzem danos causados às células pelo excesso de açúcar.

Segundo os especialistas, os diabéticos têm até cinco vezes mais chances de desenvolver doenças vasculares, como ataques cardíacos e infartos, ambos ligados ao mau funcionamento dos vasos sangüíneos.

O estudo, divulgado na publicação científica Diabetes, testou os efeitos do sulforafano em células dos vasos sangüíneos danificadas por altos níveis de glicose (hiperglicemia), associados à diabetes.

Eles verificaram que o composto encontrado no brócolis reduziu em até 73% o nível de moléculas chamadas Espécies Reativas do Oxigênio (ROS, na sigla em inglês), produzidas em excesso quando o organismo concentra altos níveis de açúcar.

Segundos os especialistas, essas moléculas danificam as células humanas.

Eles também descobriram que o sulforafano ativou uma proteína chamada nrf2, que protege células e tecidos ao produzir enzimas antioxidantes e desintoxicantes.

O coordenador da pesquisa, Paul Thornalley, disse que o estudo sugere que substâncias como o sulforafano podem ajudar a conter o aparecimento de doenças vasculares em pacientes com diabetes.

No futuro, será importante testar se uma alimentação rica em brócolis e outros vegetais brassica (como couve-flor e repolho) pode se traduzir em benefícios para os que sofrem da doença. Esperamos que sim, disse o pesquisador. (Fonte: Estadão Online)

 

 

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Folha de S.Paulo
Editorial


A LEI que fixou em R$ 950 o piso nacional para o salário de professor do ensino básico é pedagógica em mais de um aspecto. Além de ter avançado no rumo de padrões mínimos para o bom exercício do magistério, sua tramitação no Congresso foi exemplar do desleixo com que assuntos prioritários são acompanhados pelos governantes.
Sobre matéria que, em um ano e meio, atravessou várias comissões nas duas Casas até ser aprovada por unanimidade em julho, não se esperava o tipo de surpresa de que governadores e prefeitos agora se dizem vítimas. Reclamam, com razão, de dispositivos da lei -acessórios ao próprio teto- que redundarão, se aplicados, em despesas excessivas e ofensa à autonomia constitucional de Estados e municípios.
Em vez de ater-se a seu objetivo -cumprir a Carta e fixar um salário mínimo para o professor brasileiro-, a lei determina que nada menos que um terço da jornada de trabalho do docente seja reservada a atividades extraclasse. Não há motivo para norma federal descer a tal pormenor. Só as redes locais, estaduais e municipais, reúnem condições legais e materiais de decidir quanto tempo seus docentes dedicarão a preparar aulas, corrigir provas, atualizar-se na carreira etc.
O diploma exorbita, também, na tentativa de uniformizar a denominação legal do piso em todo o país. Por razões diversas, cada ente público tem um modo de remunerar seus servidores. Uns adotam mais gratificações e bonificações que outros. O que interessa a fim de que se cumpra o espírito de um salário mínimo nacional para professores é que a soma de todos os subsídios, dos profissionais da ativa e dos aposentados, não seja inferior a R$ 950 mensais.
A legislação sancionada pelo presidente Lula em 16 de julho, contudo, vai além. Estabelece que, a partir de 2010, todos os vencimentos sejam agregados numa única categoria legal. A medida ameaça criar, na prática, uma série de indexações em cascata na carreira -pois é comum que benefícios adicionais sejam calculados a partir do piso-, com conseqüências financeiras gravosas para muitos governos.
Outra indexação daninha -e desnecessária para cumprir o espírito do teto- é a que manda corrigir todo ano o piso por uma fórmula automática, a qual produzirá ganhos acima da inflação. Além de enrijecer ainda mais os orçamentos públicos, a medida vai minar promissoras políticas de remuneração, como as que premiam por desempenho.
Governadores e prefeitos, embora façam objeções sensatas à nova lei, são co-responsáveis pelo texto defeituoso. Se tivessem acompanhado o tema no Legislativo e acionado suas bancadas para corrigir a tempo os problemas agora verificados, teriam evitado o desgaste, que já se inicia, de uma nova empreitada legislativa -ou de uma batalha no Judiciário- para evitar impactos fiscais alheios ao objetivo, correto, de estabelecer um piso nacional para o professor.

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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