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Zumbido no ouvido: livro desmistifica o sintoma de 28 mi no Brasil

Zumbido no ouvido: sensação de incômodo, dor, desorientação. Para esclarecer o sintoma do zumbido e falar sobre as suas possibilidades de cura, a doutora Tanit Ganz Sanchez - chefe do grupo de pesquisa em Zumbido da USP e coordenadora nacional do Grupo de Apoio à Pessoas com Zumbido (GAPZ) – escreveu o livro “Quem disse que zumbido não tem cura?”.

Segundo ela, o intuito do livro é desmistificar para dois públicos a informação de que o zumbido é um sintoma sem tratamento: para os médicos que convenceram os pacientes dessa máxima e para os pacientes que desconhecem as possíveis causas do sintoma. Atualmente cerca de 17% da população brasileira possui algum tipo de zumbido no ouvido e isso representa 28 milhões de pessoas.

- Nós resolvemos mergulhar no universo do zumbido e do que havia por trás disso, há que se pensar como no século XXI este sintoma é considerado sem cura, se até o câncer já está sendo estudado profundamente. Nos EUA vi que o zumbido é visto de forma diferente, tive a oportunidade dessa experiência internacional de trabalho e participei de um congresso com 300 especialistas sobre o assunto; enquanto na USP, naquela época, dizia-se que não havia cura para o problema – disse a doutora Tanit.

O GAPZ realiza reuniões mensais em diversos estados do Brasil e se define como um grupo complementar no tratamento ao zumbido; ele é composto por otorrinolaringologistas voluntários e auxilia no tratamento dos pacientes, mas sem os medicar.

- Através do GAPZ estamos tirando o estigma de que o zumbido é incurável, as palestras têm uma presença alta de público. Cerca de 100 pessoas estiveram presentes na última reunião que fiz em São Paulo e são pessoas que retornam porque fazemos uma série de palestras com temas distintos. Sabemos o quão incômodo pode ser o zumbido e queremos alertar à população sobre o avanços na medicina mundial sobre o assunto – comentou.

A doutora explicou ainda a diferença de avanço no tratamento: nos EUA foram descobertos vários subgrupos do zumbido que geram tratamentos diferenciados para cada um, na medicina brasileira ainda há uma simplificação do sintoma, sem grandes aprofundamentos.

- Começamos a investigar que o consumo exagerado de cafeína (considerando que o indicado seria uma quantidade de até 250mg por dia que equivalem a três xícaras de café caseiro) aliado a um consumo exagerado de doce pode ser um das causas agravantes de quem possui zumbido no ouvido. Não é uma regra, mas reparamos que essas características formavam uma relação freqüente.

Brasil sediará congresso mundial de zumbido pela primeira vez na América Latina

Na última semana, o Brasil conquistou o direito de sediar a 10ª edição do International Tinnitus Seminar - evento que reúne, a cada três anos, os 400 principais pesquisadores internacionais da área de zumbido. Desde sua criação em 1979, a sede desse evento historicamente se alterna entre cidades americanas e européias, porém desta vez foi diferente.

Esta foi a primeira vez que um país da América Latina se candidatou. Depois de consagrada a vitória, o grupo de pesquisadores brasileiros agora se prepara para receber os melhores pesquisadores internacionais no próximo congresso que acontece em 2011, em Aracajú.

Através do site www.zumbido.org.br estão mais informações sobre o assunto como a diferenciação dos tipos de zumbido e formas de contato do grupo de ajuda. O “Quem disse que zumbido não tem cura?” é o primeiro livro lançado sobre o assunto no Brasil e está disponível em todo o Brasil através dos telefones através dos telefones (11) 3599-4296 e (11) 3167-6556.
(Fonte: Carla Knoplech JB Online)


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 O pesquisador Robert Gramling, do Centro Médico de Rochester, descobriu que os homens que acreditavam ter um risco abaixo da média para doenças cardiovasculares experimentaram realmente uma incidência três vezes mais baixa de morte por ataques cardíacos. Os dados não apóiam a mesma conclusão entre mulheres.

Uma explanação possível para a diferença entre os sexos, segundo os investigadores, é que o estudo começou em 1990. Nessa época acreditava-se que as doenças cardíacas eram primeiramente uma ameaça aos homens. Conseqüentemente, os julgamentos das mulheres sobre a freqüência com que os ataques cardíacos ocorrem entre elas eram desproporcionais.

O estudo, que vem sendo feito há 15 anos, no Reino Unido, envolveu 2.816 adultos, com idades entre 35 e 75 anos, sem histórico de doença no coração. Os investigadores coletaram dados nos anos de 1990 a 1992. Os números para comparação foram obtidos através dos registros de índice nacionais da morte, até dezembro de 2005.

Percepção do otimismo - Os pesquisadores estavam interessados na medição da percepção de otimismo do risco. Essa análise permitirá que se entenda como os povos se protegem, lidando com comportamentos relacionados ao medo (alimentos, conforto, comer demais, consumo de álcool ou evitar o doutor) e com o estresse associado com doenças do coração.

A pergunta inicial da pesquisa era: “Comparado com as pessoas de sua própria idade e sexo, como você avaliaria seu risco de ter um ataque cardíaco nos próximos 5 anos?. As opiniões dos homens eram mais discordantes. Quase metade dos homens que autoavaliaram seu risco como “baixo” seriam classificados por testes médicos objetivos como tendo risco “elevado” ou “muito elevado.

A maioria de mulheres que avaliaram seu risco como “baixos” eram mais exatas do que os homens nessa autoavaliação. Os médicos devem explicar exatamente os riscos aos pacientes. É importante que eles compreendam e percebam os riscos de saúde. (Fonte: G1)

 

 

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Coluna - Valor Econômico  ( É a educação, estúpido!)

O relatório pioneiro das Nações Unidas de 1954 avançou na idéia que a renda per capita não deveria ser encarada como único indicador para medir o nível de bem-estar social. A ampla literatura que se seguiu convergiu na formação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), apropriado no começo dos anos 90 pelas Nações Unidas. O IDH reúne, além do PIB per capita ajustado por diferenças de custo de vida, indicadores de saúde (expectativa de vida) e de educação (taxa de analfabetismo e de matriculas nos três níveis de ensino). As críticas ao IDH como indicador de qualidade de vida são muitas. Meu colega de Valor, José Eli da Veiga, tem se debruçado sobre elas. Todavia, quer goste, quer não goste do IDH, fato é que ele é o indicador multidimensional mais usado atualmente. O fato de o IDH usar as estatísticas disponíveis para um grande número de países, e destas estatísticas se referirem a áreas-chave da política pública, como economia, saúde e educação, talvez expliquem a popularidade do conceito.


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Portal UOL

Dos 128,8 milhões de brasileiros aptos para votar nas eleições municipais de outubro, 72 milhões, ou 56% do total, não terminaram o ensino fundamental. Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgados nesta terça-feira (15), mostram que a maior parte do eleitorado do país declarou nunca ter estudado ou completado a primeira etapa do ensino básico.

Os analfabetos, para quem o voto é facultativo, somam 8 milhões, ou 6,2% do eleitorado. Eles superam o número de eleitores que terminaram faculdade - 4,5 milhões de pessoas, ou 3,49% dos eleitores.

Alagoas é o Estado com maior proporção de eleitores que declararam não saber ler nem escrever, 22,5%. Na outra ponta aparece Santa Catarina, com 2% de eleitores declarados analfabetos.

O professor de ciências políticas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Charles Pessanha, pondera os dados. É claro que uma população bem educata vota melhor e controla melhor o que é feito com o voto, mas não é correto acreditar que pessoas menos instruídas tenham menor direito ao voto.

Quanto maior o número de pobres, que geralmente é a população que menos tem acesso à educação, participa das eleições, maior o número de políticas públicas dedicadas a essa camada, o que é saudável para a democracia, diz o professor.

Os dados referem-se a todos municípios do Brasil, exceto o Distrito Federal - que não participa das eleições municipais de 2008.

 

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Bíblia contém antigo poema erótico judaico cuja origem desafia especialistas

O mundo inteiro só foi criado, por assim dizer, por causa do dia em que o Cântico dos Cânticos seria dado a ele. Pois todas as Escrituras são santas, mas o Cântico dos Cânticos é o Santo dos Santos. A frase teria sido dita pelo sábio judeu Rabi Akivá, por volta do ano 100 d.C., e explicaria porque a Bíblia aceita por cristãos e judeus de hoje abriga esse livrinho misterioso. Os oito capítulos do Cântico dos Cânticos estão cheios de sensualidade e erotismo, descrições apaixonadas do corpo de dois jovens amantes, insinuações do ato sexual -- e uma única menção, que soa quase como nota de rodapé, ao nome de Deus. Como explicar, então, seu status nas Sagradas Escrituras judaico-cristãs?

Se a sensibilidade moderna estranha a presença de uma coleção de poemas eróticas no meio da Bíblia, a defesa do Cântico dos Cânticos (expressão hebraica que significa algo como o maior dos cânticos ou o mais belo dos cânticos) pelo Rabi Akivá sugere que o próprio povo judaico teve dificuldade para aceitar a obra. Houve muitos debates sobre a canonicidade dele [ou seja, sobre sua inclusão no cânon, ou conjunto oficial, da Bíblia]. No fim das contas, os rabinos acabam aceitando o livro, o último a ser incluído no cânon hebraico, mas proíbem seu uso como canções seculares, em salões de banquetes, conta Rita de Cácia Ló, professora do curso de extensão em teologia da Universidade São Francisco (SP).

Apesar da inclusão tardia no conjunto das Escrituras, há indícios de que o Cântico tem uma história antiga e complicada. As versões que conhecemos do livro trazem uma espécie de rubrica original, dizendo que o livro é o Cântico dos Cânticos de Salomão, rei de Israel que viveu por volta do ano 950 a.C., mas a maioria dos estudiosos modernos concorda que essa atribuição é fictícia.

Na Antigüidade era comum que alguns textos fossem atribuídos a personagens famosos, seja por representar uma continuidade dos seus ensinamentos ou por fazer alusão a momentos marcantes de sua vida ou da lenda gerada por eles, explica Humberto Maiztegui Gonçalves, doutor em teologia bíblica e clérigo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. Como Salomão, segundo a tradição israelita, teria amado inúmeras mulheres e tido grande gosto pela literatura, seu nome teria sido atraído para o poema. Além disso, Salomão nasceu das loucuras de amor entre o rei Davi e Betsabéia, que era uma mulher casada, o que talvez também possa explicar essa idéia, lembra Rita Ló.

Reino do Norte

Apesar da referência aparentemente fictícia ao sábio Salomão, há no texto uma rápida menção à cidade de Tirza, que foi capital do Reino de Israel, ou Reino do Norte, uma das duas monarquias nas quais teria se dividido o território israelita após a morte de Salomão, por volta de 900 a.C. O interessante é que Tirza foi capital durante um brevíssimo período de tempo, logo após a separação dos reinos, o que pode indicar que ao menos parte do poema remonta a quase nove séculos antes de Cristo. No entanto, também há sinais, no hebraico do Cântico, que o texto foi retrabalhado após a destruição de Jerusalém pelos babilônios (século 6 a.C.), ou até perto do período grego, uns três séculos mais tarde.

As teorias sobre a origem do livro são muitas. Ele poderia ter sido composto de uma só vez, por um único autor, ou o que temos hoje é a composição de vários poemas de amor que menestréis ambulantes cantavam nos casamentos das aldeias que percorriam, afirma Cássio Murilo Dias da Silva, doutor em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma e autor do livro Leia a Bíblia como Literatura.

Com ou sem a participação de menestréis no surgimento do Cântico, um dos pontos surpreendentes no texto é a ênfase dada à voz feminina: em boa parte do texto, quem fala é uma jovem apaixonada e decidida, que procura seu amado pelas ruas da cidade, trama subterfúgios para fazer com que ele entre em seu quarto e anseia por encontrá-lo em meio à natureza, aos bosques e vinhedos, com descrições que evocam a natureza da terra de Israel na Antigüidade.

Como a macieira entre as árvores dos bosquesAssim é meu amado entre os moçosÀ sombra de quem eu tanto desejara me senteiE seu fruto é doce ao meu paladarEle me introduziu na sua adegaE a sua bandeira sobre mim é Amor!, declama a jovem. Em nenhum outro texto bíblico os pensamentos e desejos da mulher ocupam um lugar de tamanho destaque. Aliás, a impressão que o texto passa é que se trata de um casal de jovens namorados, e não que os dois sejam oficialmente casados.

Para quem tenha uma visão da Bíblia com a masculinidade como centro, isso pode chegar a ser até escandaloso. Os homens participaram, no começo, como complemento, diz Humberto Gonçalves. Para o especialista anglicano, é possível dizer que as mulheres são as principais autoras da coleção de poemas do Cântico. A pergunta é se sua autoria foi oral ou se chegaram a fixar a poesia por escrito, afirma ele. De fato, era raro que uma mulher do Oriente Médio antigo soubesse ler e escrever.

Amor humano, amor divino

Outra característica marcante do texto são os chamados wasfs, longas comparações poéticas em que cada parte do corpo da amada ou do amado é comparada a um objeto, animal ou lugar. Trata-se de uma fórmula literária que também aparece na poesia amorosa árabe e do antigo Egito. Nesses trechos é que a sensualidade do poema fica mais explícita. Tua fronte por trás do véuÉ como uma romã abertaTeu pescoço é como a Torre de DaviDa qual pendem mil escudosTeus seios são como dois filhotes gêmeos de gazelaPastando entre os lírios, diz o amado em certo trecho.

Sem dúvida, o sentido primeiro [do poema] é o amor humano, com tudo o que ele tem de paixão, crise, atração, desejo etc., afirma Cássio da Silva. Por que, então, a inclusão do texto sensual no cânon sagrado? A explicação mais provável, sugerem os especialistas, é o fato de que a separação entre amor humano e amor divino que existe na cultura moderna era bem menos rígida na sociedade dos antigos israelitas. No mundo antigo, tudo, inclusive as técnicas artesanais, o amor, a guerra e até os acordos políticos e diplomáticos tinham a ver com divindades, lembra Humberto Gonçalves.

Não se pode separar a dimensão religiosa e mística do amor humano, porque, em larga escala, é o mesmo sentimento que Deus tem em relação a nós. O amor de duas pessoas reflete o amor com que Deus nos ama. Isso sem falar que o Cântico foi composto numa sociedade bem menos puritana e hipócrita do que a nossa, acrescenta Silva.

Rita Ló lembra que existia uma antiga tradição na qual o amor de Deus por seu povo escolhido de Israel era visto, de forma metafórica, como o casamento de dois seres humanos, o que impulsionaria essa interpretação mística do Cântico dos Cânticos. Por outro lado, Gonçalves diz que a sensualidade do poema pode refletir uma espiritualidade pagã que influenciou os israelitas nas épocas mais antigas. Afinal, os povos vizinhos, e provavelmente os próprios israelitas, adoravam deusas em rituais de fertilidade, o que explicaria em parte a importância feminina no Cântico. Nesse caso, a sexualidade quase explícita também teria um papel espiritual para os primeiros autores do texto.    

Vida longa e próspera

De qualquer maneira, a própria sobrevivência do Cântico em épocas posteriores pode significar que ele teve um papel de resistência contra os aspectos mais machistas do judaísmo, diz Ló. Após o exílio na Babilônia, houve um período de fechamento e o crescimento de uma visão muito negativa sobre o corpo da mulher, visto como fonte de impureza. O livro contraria isso, afirma a especialista.

De certa forma, a argumentação do Rabi Akivá ajudou a superar essa tensão, segundo Cássio da Silva. Afinal, o amor humano vale ou não vale por si mesmo? É ou não é expressão do amor divino? Os rabinos responderam afirmativamente a essas duas perguntas. Tanto que, no calendário judaico, o Cântico dos Cânticos é lido na festa da Páscoa [a mais importante do judaísmo]. E aí entra a mística: o sentimento do amado pela amada e vice-versa ajuda a compreender o amor de Javé por seu povo, Israel, e
nesse amor Javé desce do céu para tirar seu amado povo do Egito e dar-lhe a vida e a felicidade. De Israel, espera-se que corresponda ao amor de Javé e lhe seja fiel.

O cristianismo atualizou essa visão ao substituir Javé e Israel por Cristo e Igreja na equação: o amor do casal no poema virou também o símbolo do amor de Cristo por sua Igreja, vista como sua noiva. Dessa forma, a influência do Cântico teve vida longa e acabou se estendendo ao último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, na qual a metáfora praticamente conclui a Bíblia cristã.
(Fonte: Reinaldo José Lopes G1)

 

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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