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O Brasil é um país multilíngue, com o português como língua majoritária.
Apesar dessas outras 200 e tantas línguas, o português não corre qualquer
risco de desaparecer, enquanto houver falantes que a usem. É preciso ter
claro que a única coisa que existe no mundo, ancorada no cérebro (na
linguagem gerativa mente-cérebro) de cada um, é o idioleto. Língua, dialeto,
e sinônimos são idealizações a partir do uso da língua de grupos de pessoas
que têm idioletos parecidos. Ou seja, para salvar o português do Brasil é
preciso salvar os brasileiros.
As leis devem ser dirigidas à saúde, à educação básica, ao saneamento, à
economia. A língua adquirida por cada brasileiro só corre risco quando o
brasileiro corre risco . Uma dengue hemorrágica que mata um falante de
português mata um pedacinho do PB. Os desastres de trânsito, as balas
perdidas, os assassinatos, matam pedaços irrecuperáveis de nossa língua. Já
o inglês e o francês não matam ninguém.
Então, temos aí mais uma lei inócua e mais um desperdício de dinheiro do
povo.
Abs
Lucia

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Salvar a língua?


Causa espanto a aprovação de projeto de lei que restringe o uso de palavras e expressões estrangeiras em anúncios publicitários, informações comerciais, meios de comunicação e documentos oficiais. Com o aval da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a matéria segue para o plenário. Transposta mais essa etapa, irá à sanção presidencial. O texto já foi submetido ao Senado, onde sofreu as alterações ora abonadas pelos deputados.

A proposta, plena de boas intenções, peca pelo desconhecimento da realidade. As línguas são sistemas abertos. Influenciam e são influenciadas. Quanto maior o contato com idiomas estrangeiros, maior o aporte, que enriquece e amplia as possibilidades de compreensão e expressão por meio da palavra. Cinema, música, rádio, televisão, livros, jornais, revistas, internet aproximam os povos e estimulam o intercâmbio. Como manter-se impermeável ao convívio?

O trânsito lingüístico, intensificado pelas ferramentas tecnológicas de comunicação e facilidades oferecidas no ir e vir de pessoas, não constitui tendência moderna. Desde que o homem se locomove comunica-se com os demais. Como separar o genuinamente nacional do estrangeiro? Mais: as áreas de inovação tecnológica e científica nem sempre têm vocábulos correspondentes no português. Como proceder? Há que levar em consideração, também, a cultura. O Brasil terá de cassar, ou traduzir com letras de igual destaque, como determina o projeto, palavras como show, shopping, abajur, marketing, futebol, garagem?

Aldo Rebelo, autor da proposta, alega que a legislação visa à promoção e defesa do idioma. A intenção é meritória, mas o caminho parece equivocado. Proibir a língua de respirar é como proibir o vento de soprar. A melhor defesa do idioma reside no domínio do idioma. É aí que o país falha. Embora seja disciplina obrigatória ao longo do ensino fundamental e médio, o português não se tornou familiar à maioria dos cidadãos. Exames nacionais e internacionais dão triste atestado à educação brasileira: os alunos, que freqüentaram as salas de aula anos a fio, são incapazes de escrever, ler e entender um texto.

De um fato ninguém duvida. A língua é patrimônio por que todos devem zelar. Zelo não significa clausura, mas a ampliação das possibilidades oferecidas pela fala e pela escrita. Melhorar a qualidade do ensino, qualificar professores, oferecer material didático moderno e atraente é a arma que defenderá a língua. Ela formará cidadãos aptos a usufruir os recursos que a fonética, o léxico, as flexões e a sintaxe oferecem e, em conseqüência, conquistará defensores da riqueza da qual ninguém quererá abrir mão. (Correio Braziliense)

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Ainda sob o impacto dos péssimos resultados obtidos pelo Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o estudo comparativo que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) faz para avaliar o nível de escolaridade de jovens na faixa etária de 15 anos, o Palácio do Planalto anunciou mais um pacote no campo da educação. A maioria das medidas já havia sido anunciada nos últimos meses pelo ministro Fernando Haddad ou por seus secretários. Mesmo assim, apesar de muitas dessas medidas se limitarem a ampliar programas já existentes e a regulamentar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que foi lançado em março, quase todas são sensatas e oportunas.

Entre as medidas mais importantes do pacote, destaca-se a ampliação do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) que, aliás, nem é realização do governo Lula. Lançado durante o governo Fernando Henrique, o programa destina às escolas da rede pública de ensino básico verba mensal para ser utilizada na solução de pequenos problemas, como reformas de instalações físicas e aquisição de materiais. Outra medida importante, e que também não é inédita, é a ampliação do Programa de Apoio ao Transporte Escolar e do Programa Nacional de Alimentação Escolar. O governo pretende investir no próximo ano R$ 623 milhões na expansão desses três programas, com o objetivo de alimentar 8,2 milhões de alunos e transportar 1,4 milhão de crianças.

A principal iniciativa do pacote é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Basicamente destinado aos alunos de licenciatura nas áreas de química, física, biologia e matemática, ele tem por objetivo estimulá-los a optar por fazer carreira no magistério. Atualmente, há um déficit de cerca de 250 mil docentes nessas disciplinas. A previsão é de que sejam concedidas 20 mil bolsas, a um custo anual de R$ 70 milhões. Segundo os especialistas, esse déficit foi um dos fatores determinantes do péssimo desempenho dos estudantes brasileiros no Pisa.

Anunciadas solenemente como uma segunda etapa do Plano de Desenvolvimento da Educação, que foi lançado em março, as demais medidas que compõem o pacote são quase todas “requentadas”. Uma delas é a regulamentação do pagamento de horas extras e do adicional por plantão hospitalar para médicos e servidores técnico-administrativos que trabalham nos 45 hospitais das universidades federais. Outra medida anunciada como novidade é a criação de 25 mil cargos para formar o quadro de pessoal das 150 novas escolas técnicas federais e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Essa iniciativa, no entanto, já havia sido divulgada há dez meses.

Do pacote da educação anunciado pelo governo também constam a criação de um programa de pós-doutorado, a destinação de R$ 39 milhões para bolsas de professores da rede pública de educação básica e profissionalizante, o pagamento de bolsas para os pós-graduandos das universidades federais que atuarem como monitores do sistema de ensino a distância do Ministério da Educação e a expansão da área de atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (Capes), que também passará a cuidar da formação de professores do ensino básico.

A medida mais polêmica do pacote é a criação de duas novas universidades federais, uma no Norte e outra no Sul. O Ministério da Educação insiste em destinar mais recursos para o ensino superior, que já é muito bem aquinhoado pelo Orçamento-Geral da União. Nos últimos cinco anos, o governo Lula criou dez novas universidades federais, várias em tradicionais redutos eleitorais do PT. Uma das universidades será formada com unidades desmembradas da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal Rural da Amazônia e terá sede em Santarém (PA). A outra instituição parece ter sido concebida com propósitos claramente demagógicos. Trata-se da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), com sede em Foz do Iguaçu, cujos cursos serão concentrados em “áreas de interesse mútuo” dos países do Mercosul.

À exceção desta última medida, que é mais uma concessão ao “politicamente correto” por parte do governo, o pacote da educação merece aplauso.

 

 

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ESTRELA, STELLA

 

À noite olho para o céu

e vejo uma estrela piscando.

Pisca, pisca estrelinha,

parece estar me chamando.

-Quando eu crescer,

 e comprar um avião,

vou te buscar estrelinha,

na palma de minha mão.

 

Este é um dos textos ou fragmentos que guardo na memória, não sei quem é o autor. Quando estava na cartilha eu o lia. Muitas vezes quando anoitecia nós (os moradores do lugar) ganhávamos “energia elétrica”– era a lua que ficava bonita iluminando o vilarejo –, eu ficava no “terreiro” brincando e olhando para o céu estrelado, via as estrelas a piscar e sentia uma alegria muito grande, pois eu pensava que elas estavam piscando para mim, a me chamar. Então eu repetia este verso, várias vezes, como se estivesse falando com elas, sem imaginar que um dia eu poderia estar mais próxima delas, (pois neste momento, o comandante acabou de anunciar que estamos voando a aproximadamente 800 km acima do nível do mar – estou indo trabalhar).

Quantas coisas já aconteceram em minha vida, e agora posso fazer uma ligação deste verso com a realidade presente. Eu não podia imaginar que um dia poderia estar quase “comprando um avião” de tanto viajar para estudar e encontrar-me com uma Estrela, Stella.

O fato mais incrível foram os acontecimentos desde o início dessa história até o encontro com mais esta professora, que veio para fazer uma grande diferença em minha vida.

Primeiro fui enviada, pela diretoria regional de educação em Imperatriz, para São Luis no mês de setembro do ano 2006, a fim de participar de um curso de atualização em língua espanhola. O restaurante vegetariano, onde eu almoçava, ficava bem longe do local do curso. Em um daqueles dias, ao voltar do almoço passei em frente à livraria Vozes e entrei. Vi um livrinho de língua materna, apesar de não estar trabalhando com esta disciplina naquele momento, gostei e comprei, vejam que eu o encontrei bem perto do MAR MARIS.

Em alguns momentos cheguei a folheá-lo, li algumas coisas, mas aquele período foi muito difícil para a minha vida, eu estava sofrendo muito porque o meu esposo se mudara em agosto para Brasília, foi cursar mestrado na UnB e nós nunca havíamos nos separado por tanto tempo, desde que nos casamos há mais de vinte e três anos, na época. Estávamos perdidos e não sabíamos lidar com tudo aquilo ainda. O meu consolo era trabalhar muito.

Em meados de janeiro de 2006, após as férias, ao retornar para Brasília ele levou-me junto, porque eu já havia feito alguns arranjos em um dos trabalhos, e em outros eu estava de recesso. Chegando a Brasília, descobri que devido às greves as inscrições do processo seletivo para o mestrado em educação ainda estavam abertas e decidi me inscrever para conhecer o tipo de provas, pois haviam me dito que eu só ia perder tempo e jogar dinheiro fora, era muito difícil passar. Ainda mais para quem veio do Maranhão e há muito tempo não estudava.

Entrei no site e li o edital, observei as áreas e busquei conhecer o nome dos professores. Após imprimir a lista com a relação dos professores do programa de pós-graduação, me pediram para escolher um para conhecermos através do currículo, então apontei o nome de uma mulher. Quando buscamos as informações, descobri que eu tinha aquele livro que aparecia como publicação dela. Então eu disse: é esta professora que quero para me orientar.

 

Voei, voei

Vi estrela piscando

A me chamar

Era

Estrela

Stella Maris

A me oferecer o céu

Do conhecimento

Que estive sempre a

Buscar.

 

 

 

 

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A Comissão de Educação do Senado aprovou Projeto de Lei do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que estende a adoção do Programa de Avaliação Seriada (PAS) para todas as universidades federais do País. Criado há 12 anos pela Universidade de Brasília (UnB) e considerado referência nacional na área educacional, o PAS é um exame que serve como alternativa ao vestibular tradicional, em que os futuros alunos da instituição são selecionados, de maneira sistemática e gradativa.

O projeto, que agora segue para a Câmara dos Deputados, teve duas emendas apresentadas pelo relator, senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC). A primeira é a adoção da avaliação seriada apenas por universidades federais – e não por todas as públicas – e a segunda, é a exclusão da obrigatoriedade da reserva de 50% das vagas para esse tipo de avaliação. Na Câmara, o projeto será votado e, caso aprovado, segue para a sanção do presidente Lula.

O aproveitamento desse projeto será um grande salto para a educação brasileira, uma vez que o PAS promove a integração entre a universidade e as escolas, destaca o reitor da UnB, Timothy Mulholland.

O senador Cristovam Buarque afirma que o benefício da proposta é levar o sistema de avaliação seriada para todo o País, ampliando a experiência de sucesso que a UnB já tem há 12 anos. Há vantagens para a universidade, que seleciona os alunos mais bem preparados e, para os estudantes, que podem se preparar melhor, sem a pressão de ter de escolher a profissão tão jovens, resume.

Medida positiva
Para Mauro Rabelo, diretor-geral do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CespeUnB), órgão que executa o PAS e o vestibular, a história do Programa tem demonstrado que se trata de um processo com qualidades superiores às do vestibular tradicional. Ele acredita que a aprovação do projeto é uma medida positiva para os estudantes. O PAS é um programa que transcende a simples seleção e se concretiza como avaliação do próprio sistema de ensino, ressalta.

Segundo a doutora em Educação e professora da UnB, Regina Vinhaes, é essencial que haja meios diversos de acesso à educação superior nas universidades brasileiras. Ela participou da audiência pública no Senado quando o projeto de lei foi discutido, explica que facilitar o acesso às instituições públicas de ensino é de suma importância para a educação brasileira. O PAS é uma das alternativas de sucesso na UnB. Porém, outras possibilidades também devem ser estimuladas, avalia.

O que é o PAS?
O Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PASUnB) foi criado há 12 anos como uma alternativa ao vestibular tradicional, para selecionar, de maneira sistemática e gradativa, futuros estudantes da UnB. Seu alicerce é a integração da educação básica com a superior, visando à melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis. O processo seletivo é realizado em três etapas, avaliando, ao final de cada ano letivo, apenas alunos matriculados no Ensino Médio.

Podem participar do Programa os alunos matriculados no Ensino Médio regular de três ou quatro anos. O processo seletivo é realizado em três etapas, sempre no final de cada ano letivo. Cinqüenta por cento das vagas oferecidas para cada curso de graduação da UnB, no primeiro semestre de cada ano letivo, destinam-se aos candidatos inscritos no PAS. A primeira prova foi realizada em 1996. Três anos mais tarde, os primeiros alunos ingressaram na UnB por meio do Programa.

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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