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A proposta revolucionária
Segunda, 2 de outubro de 2006, 08h01 
Milton Hatoum
 
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Terra Magazine
Categoria pai: Seção - Notícias
Temos o prazer de anunciar o lançamento do Corpus do Português
(http:www.corpusdoportugues.org). Este corpus foi generosamente
patrocinado pela US National Endowment for the Humanities, e está
disponível gratuitamente na internet.

Este sítio permite pesquisar fácil e rapidamente mais de 45 milhões de
palavras em mais de 50,000 textos em português dos Trezentos aos
Novecentos. A interface permite pesquisar palavras exatas ou frases,
cadeias de pesquisa, lemas, classes gramaticais, ou qualquer
combinação dos referidos elementos.  Proporciona também a pesquisa de
palavras vizinhas (collocates) com um contexto de dez palavras de cada
lado.

O corpus também permite comparar (e ver através de diagramas) a
freqüência e distribuição de palavras, frases e construções
gramaticais em textos de pelo menos três maneiras diferentes:

-- Registro: comparações entre o falado, a ficção, o jornalístico, e o
acadêmico
-- Variedades do português: Portugal versus Brazil no século XX
-- Período histórico: comparação de séculos diferentes dos Trezentos
aos Novecentos

 
Realiza-se também com facilidade consultas de índole semântica no
corpus. Por exemplo, a diferença de significado entre duas palavras
relacionadas pode ser determinada através da comparação e contraste
das palavras vizinhas. Pode-se encontrar a freqüência e a distribuição
de sinônimos de mais de 20,000 palavras e comparar esta freqüência em
registros ou países diferentes, ou inclusive ao longo dos séculos.
Estas listas de palavras podem ser armazenadas e usadas para futuras
consultas. Pode-se, além disso, criar suas próprias listas de palavras
com um parentesco semântico, e usá-las como parte da consulta.

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Mark Davies
Professor of Corpus Linguistics
Brigham Young University

Michael J. Ferreira
Professor of Portuguese Philology and Linguistics
Georgetown University

Categoria pai: Seção - Notícias
MATÉRIA: Analfabetismo, um longo aprendizado

No Brasil, 75% das pessoas na faixa etária dos 15 aos 64 anos não conseguem ler e escrever plenamente. O número inclui os analfabetos absolutos – sem qualquer habilidade de leitura e escrita – e os 68% considerados analfabetos funcionais. Estes identificam letras e palavras, mas não conseguem utilizá-las no cotidiano e têm dificuldades para compreender e interpretar textos. Apenas um em cada quatro brasileiros consegue ler, escrever e utilizar essas habilidades para continuar aprendendo. Os números estão na quinta edição do Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional (Inaf), pesquisa lançada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa no Dia Internacional da Alfabetização, 8 de setembro.

Nessa edição, o Inaf focaliza pela terceira vez as habilidades e práticas de leitura e escrita da população jovem e adulta (de 15 a 64 anos) no Brasil, possibilitando verificar sua evolução em relação a 2001 e 2003, quando o mesmo estudo foi realizado. Nos anos de 2002 e 2004, o foco do Inaf foram as habilidades matemáticas. Trata-se da única pesquisa de âmbito nacional que mede os níveis de alfabetização da população adulta brasileira – o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza levantamentos apenas sobre o analfabetismo absoluto. O objetivo do Inaf é estimular o debate público e apoiar a formulação de políticas de educação e cultura.

Encontro

Ao observar os resultados anuais do Inaf, observa-se um problema alarmante: a situação do alfabetismo funcional no Brasil está estagnada. Essa constatação levou à criação do encontro Leitura, Escrita e Matemática para Alfabetização (Lema), que ocorreu nos dias 8 e 9 de setembro, em São Paulo.

“Percebemos que a ‘febre’ continuava e não baixava, por isso tivemos a idéia de promover esse encontro, além de manter o Inaf”, diz Fabio Montenegro, secretário-executivo do Instituto Paulo Montenegro, organização sem fins lucrativos vinculada ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope).

Para o 1º Lema, um comitê de especialistas em letramento, alfabetização, matemática e educação de jovens e adultos selecionou diversos projetos para serem apresentados. O objetivo foi promover o intercâmbio de experiências e discutir atividades conjuntas para ampliar o alcance e a eficácia dos projetos, por meio de uma rede nacional de combate ao analfabetismo funcional. “Existem muitas iniciativas locais no país, mas falta uma ação nacional articulada. Estamos criando um fórum para definir a formação de uma rede nacional”, conta Fábio Montenegro.

Entre as práticas reunidas no Lema, Fábio destaca a organização de bibliotecas itinerantes, promovendo o acesso ao material de leitura. “Muitos lêem mal por causa da miséria, porque não podem pagar por materiais de leitura”, diz. Ele cita outros exemplos de práticas, como rodas de leitura, prêmios e campanhas que estimulam o hábito de leitura e escrita. “Uma das características do evento foi reunir uma grande diversidade de propostas sobre o assunto”.

Fábio espera que a repercussão do Lema, assim como as informações divulgadas pelo Inaf, chamem a atenção do governo e da sociedade para a necessidade de atacar o problema do analfabetismo funcional no Brasil.

Parceria com o governo

Desde 2003, com o programa Brasil Alfabetizado, o governo federal busca abolir o analfabetismo no Brasil, por meio de convênios com instituições alfabetizadoras de jovens e adultos. Apesar de ter como foco maior a erradicação do analfabetismo absoluto, o governo poderá aumentar o seu envolvimento com o tema do analfabetismo funcional, pois está sendo discutida uma nova proposta de parceria com o Inaf e a Unesco. A intenção é unir a tecnologia brasileira e o Programa de Monitoramento e Avaliação da Alfabetização (Lamp), método para medir a alfabetização desenvolvido pelo Instituto de Estatística da Unesco no Canadá. O Inaf-Lamp possibilitará a comparação da realidade brasileira com a de outros países. A idéia, revela Montenegro, é que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) assuma o Inaf-Lamp. Será um exemplo de iniciativa da sociedade civil que vai virar política pública, enfatiza.

Definição da Unesco

O conceito de analfabetismo funcional foi definido pela Unesco no fim da década de 70 e engloba aquelas pessoas que, embora saibam ler e escrever frases simples, não conseguem utilizar essas habilidades como ferramentas para lidar com as demandas do dia-a-dia, crescer profissionalmente, ter acesso à informação, transmitir seus conhecimentos e seguir aprendendo ao longo da vida.

“Uma das grandes bandeiras da Unesco sempre foi o combate ao analfabetismo. A Unesco também acredita que os programas de alfabetização realizados de cinco a dez meses são insuficientes para assegurar o aprendizado. É preciso a inserção no ensino regular para evitar um retrocesso. As quatro primeiras séries são essenciais”, diz Célio da Cunha, assessor especial do representante da Unesco no Brasil.

De acordo com os critérios da Unesco, quem tem até quatro anos de estudo é considerado analfabeto funcional. O Inaf, entretanto, questiona esse critério e leva em conta as demandas de leitura e escrita na sociedade. Em 2006, a Unesco pretende lançar um exame mundial para identificar analfabetos funcionais.

Qualidade e continuidade

Para combater o analfabetismo funcional, a sociedade civil considera tão importante a continuidade do aprendizado quanto a qualidade do ensino fundamental regular. O processo de alfabetização deve ter continuidade na rede pública de ensino, para que as habilidades de leitura e escrita sejam desenvolvidas. A coordenadora do programa Brasil Alfabetizado no Instituto Paulo Freire, Márcia Trezza, toca nesse ponto.

“Os projetos do Instituto Paulo Freire são voltados para a erradicação do analfabetismo absoluto. Mas nós também debatemos a necessidade de continuidade dos programas de alfabetização com o ensino fundamental nas redes públicas. Se os educandos não continuam praticando a leitura e a escrita, todo o trabalho de oito meses do projeto é perdido. Eles ainda não são tão autônomos assim”, afirma.

Márcia Trezza enfatiza também a importância do investimento na formação de professores que atuem na continuidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Não adianta só transportar o modelo tradicional de educação realizado com adolescentes”. Atualmente, o programa coordenado por Márcia trabalha com a alfabetização dentro das penitenciárias do estado de São Paulo, com pescadores do Vale do Ribeira e comunidades das cidades de Tiradentes e Ferraz de Vasconcelos.

Mais atores

A crise da leitura e da escrita já está posta e existem cada vez mais atores envolvidos na Educação de Jovens e Adultos no país, na opinião da coordenadora de programas da Ação Educativa, Vera Masagão.

O debate sobre o analfabetismo funcional chega até mesmo às empresas, preocupadas com a produtividade dos seus funcionários. O Instituto Paulo Montenegro está lançando, em parceria com o Instituto Ethos, o livro O compromisso das empresas na erradicação do analfabetismo. A obra oferece orientações para que as empresas identifiquem o problema, que acarreta “um desperdício de bilhões de dólares por ano”, e possam enfrentá-lo.

“Precisamos oferecer mais oportunidades de aprendizado não-formais para aqueles que estão excluídos socialmente e investir mais em educação continuada. A inclusão da EJA na proposta do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) já é uma vitória”, diz Vera Masagão.

Diferentemente do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que destina recursos somente para o ensino fundamental, o Fundeb investirá também na educação infantil, no ensino médio e na educação de jovens e adultos. A tendência é que seja aprovado até o final do ano pelo governo federal. (Fonte: www.rits.org.br)


Categoria pai: Seção - Notícias
Analfabetismo e alfabetismo funcional no Brasil


por Vera Masagão Ribeiro*

A definição sobre o que é analfabetismo vem sofrendo revisões nas últimas décadas. Em 1958, a Unesco definia como alfabetizada uma pessoa capaz de ler ou escrever um enunciado simples, relacionado a sua vida diária. Vinte anos depois, a Unesco sugeriu a adoção do conceito de alfabetismo funcional. É considerada alfabetizada funcional a pessoa capaz de utilizar a leitura e escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e de usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida. Em todo o mundo, a modernização das sociedades, o desenvolvimento tecnológico, a ampliação da participação social e política colocam demandas cada vez maiores com relação às habilidades de leitura e escrita. A questão não é mais apenas saber se as pessoas conseguem ou não ler e escrever, mas também o que elas são capazes de fazer com essas habilidades. Isso quer dizer que, além da preocupação com o analfabetismo, problema que ainda persiste nos países mais pobres e também no Brasil, emerge a preocupação com o alfabetismo, ou seja, com as capacidades e usos efetivos da leitura e escrita nas diferentes esferas da vida social.

A capacidade de utilizar a linguagem escrita para informar-se, expressar-se, documentar, planejar e aprender cada vez mais é um dos principais legados da educação básica. A toda a sociedade e, em especial, aos educadores e responsáveis pelas políticas educacionais, interessa saber em que medida os sistemas escolares vêm respondendo às exigências do mundo moderno em relação ao alfabetismo e, além da escolarização, que condições são necessárias para que todos adultos tenham oportunidades de continuar a se desenvolver pessoal e profissionalmente.

No meio educacional brasileiro, letramento é o termo que vem sendo usado para designar esse conceito de alfabetismo, que corresponde ao literacy, do inglês, ou ao littératie, do francês, ou ainda ao literacia, em Portugal.

Índices e critérios de medida
No século 20, as taxas de analfabetismo entre os brasileiros com 15 anos ou mais decresceram de 65% em 1920 para 13% em 2000. Esse decréscimo resulta da expansão paulatina dos sistemas de ensino público, ampliando o acesso à educação primária. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tal como se faz em outros países, sempre apurou os índices de analfabetismo com base na auto-avaliação da população recenseada sobre sua capacidade de ler e escrever. Pergunta-se se a pessoa sabe ler e escrever uma mensagem simples. Seguindo recomendações da Unesco, na década de 90, o IBGE passou a divulgar também índices de analfabetismo funcional, tomando como base não a auto-avaliação dos respondentes, mas o número de séries escolares concluídas. Pelo critério adotado, são analfabetas funcionais as pessoas com menos de quatro anos de escolaridade. Com isso, o índice de analfabetismo funcional no Brasil chega perto dos 27%, segundo o Censo 2000.

Mas ter sido aprovado na 4ª série garante o alfabetismo funcional? A pergunta não tem resposta categórica, pois o conceito é relativo, dependente das demandas de leitura e escrita existentes nos contextos e das expectativas que a sociedade coloca quanto às competências mínimas que todos deveriam ter. É por isso que, enquanto nos países menos desenvolvidos se toma o critério de quatro séries escolares, na América do Norte e na Europa toma-se oito ou nove séries como patamar mínimo para se atingir o alfabetismo funcional. E, mesmo já tendo estendido a escolaridade de oito ou até 12 séries para praticamente toda a população, muitos países norteamericanos e europeus continuam preocupados com o nível de alfabetismo da população, tendo em vista, principalmente, as exigências de competitividade no mercado globalizado. O grau de escolaridade atingido já não satisfaz como critério de alfabetismo.

Por um lado, é cada vez mais patente que os resultados de aprendizagem dos sistemas de ensino são muito desiguais e, além disso, os governos estão interessados em saber quanto a população adulta encontra oportunidades de desenvolver as habilidades adquiridas na escola, mantendo a capacidade de aprender.

Com esse tipo de preocupação, na década de 90, muitos países desenvolvidos começaram a realizar pesquisas amostrais para verificar de forma direta, por meio da aplicação de testes, os níveis de habilidades de leitura e escrita da população adulta. O principal programa internacional é articulado pelo OCDE, o International Adult Literacy Survey, do qual participam mais de 40 países. Nesses estudos, o foco não é o analfabetismo, mas a insuficiência das habilidades de leitura e escrita da população alfabetizada. A dicotomia analfabeto x alfabetizado cede lugar para o interesse em determinar e comparar níveis de habilidade de leitura e escrita.

Na América Latina e no Brasil, em particular, a questão tem características específicas e mais complexas. Aqui, enfrentamos ao mesmo tempo os problemas novos e os antigos. O analfabetismo absoluto ainda atinge milhões de brasileiros e precisa ser solucionado com políticas voltadas à superação da pobreza e da exclusão. Ao mesmo tempo, é preciso melhorar o desempenho dos sistemas de ensino e elevar a qualificação da força de trabalho em todos os níveis, tendo em vista a participação nos setores de ponta da economia mundializada e o fortalecimento das instituições democráticas.

Os compromissos necessários para um Brasil alfabetizado
Os dados sobre o alfabetismo funcional confirmam que a educação básica é o pilar fundamental para promover a leitura, o acesso à informação, a cultura e a aprendizagem ao longo de toda a vida. Assim, para que tenhamos um Brasil com níveis satisfatórios de participação social e competitividade no mundo globalizado, um primeiro compromisso a ser reafirmado é com a extensão do ensino fundamental de pelo menos oito anos a todos os brasileiros, independentemente da faixa etária, com oferta flexível e diversificada aos jovens e adultos que não puderam realizá-lo na idade adequada.

É preciso também reconhecer que os resultados da escolarização em termos de aprendizagem ainda são muito insuficientes e que um eixo norteador para a melhoria pedagógica na educação básica deve ser o aprimoramento do trabalho sobre a leitura e a escrita. É preciso superar a visão de que esse é um problema apenas dos professores alfabetizadores e dos professores de Português. Grande parte das aprendizagens escolares depende da capacidade de processar informações escritas, verbais e numéricas, relacionando-as com imagens, gráficos etc. Todos os educadores precisam atuar de forma coordenada na promoção dessas habilidades, contando com referências claras quanto a estratégias e estágios de progressão desejáveis ao longo do processo, para que os avanços possam ser monitorados. Com apoio dos gestores, todos os professores devem agir sistemática e intensivamente no sentido de desenvolver nos alunos hábitos e procedimentos de leitura para estudo, lazer e informação, assim como proporcionar o acesso e a manipulação das fontes: bibliotecas com bons acervos de livros, revistas e jornais, computador e internet.

Finalmente, é preciso reconhecer que a promoção do alfabetismo não é tarefa só da escola. Os países que já conseguiram garantir o acesso universal à educação básica estão conscientes de que é necessário também que os jovens e adultos encontrem, depois da escolarização, oportunidades e estímulos para continuar aprendendo e desenvolvendo as suas habilidades. Os programas de dinamização de bibliotecas e inclusão digital são fundamentais e devem ser levados a sério pelas políticas públicas. Para a população empregada, o próprio local de trabalho pode ser potencializado como espaço de aprendizagem e, nesse caso, os empresários têm uma participação importante nos compromissos a ser assumidos.

As empresas podem oferecer e incentivar o uso de acervos de jornais, revistas e livros, assim como de terminais de acesso à internet para fins de pesquisa, além de ampliar as oportunidades de participação em programas educativos relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional dos trabalhadores, dando especial atenção aos que têm menor qualificação e necessitam de mais apoio para superar a exclusão cultural.

*Vera Masagão Ribeiro é Doutora em Educação pela PUC-SP, coordenadora de programas da ONG Ação Educativa. Coordena desde 2003 a pesquisa INAF.

Fonte: Boletim INAF julago, 2006
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Scaffolding in the classroom

 

The concept of scaffolding  is grounded in the classroom discourse tradition and draws on two scholarly perspectives, developed in the realms of psychology and sociolinguistics, namely, the sociocultural theory of language and learning, as put forward by the Russian psychologist Lev S.  Vygotsky and the sociolinguistic approach to human interaction according to John Gumperz and others.  These two strands of theory share a view of language as the foundation of learning and place emphasis on human actions as jointly constructed efforts.

Scaffolding is a metaphorical concept that refers to the visible or audible assistance that a more expert member of a culture can give to an apprentice.

Scaffold work is most often analysed as an instructional strategy in the school domain but it occurs in any social setting where socialization processes take place.

The term scaffolding was introduced by the American psychologist Jerome Bruner (1983) whose main interest is in the institutional forms by which culture is passed on. A basic concept underlying his work is Vygotsky’s zone of proximal development (zpd) . This zone  lies in  between what learners can without assistance and the maximum they can do with the help of a more experienced partner.

According to Vygotsky’s socio-historical theory, external speech affects internal thoughts: the intrapsychological apprehension of  knowledge is made possible  by the interpsychological  action.

Another concept underlying the rationale of scaffolds is    contextualization cues as advanced in Interactional Sociolinguistics i.e. “ any feature of  linguistic form that contributes to  signalling to the participants  whether communication is proceeding smoothly and how intentionality is being communicated and interpreted’ (Figueroa,1994:113) (See Sociolinguistics). Contextualization cues are conveyed through multiple linguistic and paralinguistic channels, such as   prosodic features (pitch and tone, loudness, rhythm) and  kinesics (facial decoration, eye gaze, smiles, frowns and any other resources of the  body idiom), which  are important tools in the management  of scaffoldlike actions. (See Gestures) Hence the advantage of using a microethnographic  methodology to segment any scaffolding episode into smaller interaction units.

In the tradition of classroom discourse, scaffolding is associated with teacher initiating and evaluating on the students’ responses  within the IRE (‘Initiation-Response-Evaluation’)  framework of classroom interaction. This can take the form of  prefaces to questions, overlapping, backchanneling,  comments, rephrasing  and expansions of pupils’ answers that will provide  them with the opportunity for reconceptualizations (Cazden, 1988).

A basic feature of scaffolds is the establishment of a positive atmosphere between the participants whereby teachers support (‘scaffold’) the students’ enactment of a competent behaviour. This can be done through ordinary actions that ratify the learner as a legitimate participant, such as listening to them, as the late Brazilian educator Paulo Freire has pointed out (Freire,1997).  The scaffolding assistance in the classroom can come from the teacher as well as from peers.

Scaffolding strategies are culture-specific and can vary largely across social networks, ethnic and cultural groups and national communities.

Bruner, J. (1983) Child’s talk: Learning to use language. New York: W.W.Norton.

Cazden,  C.B.(1988) Classroom discourse. Portsmouth:Heinemann Educational Books.

Figueroa, E. (1994) Sociolinguistic metatheory. New York: Elsevier Science Ltd.

Freire,P.(1973) The practice of freedom. London:  Writers and  Readers Publishing Co-op

 

 

Abstract

Scaffolding is a metaphorical concept that refers to the visible or audible assistance that a more expert member of a culture can give to an apprentice in any social setting although it is more often analyzed in the classroom discourse. Two basic concepts underlying the notion of scaffolding are Lev Vygotsky’s zone of proximal development and John Gumperz’s contextualization cues. A basic feature of scaffolds is the establishment of a positive atmosphere between teacher and pupils.  Scaffoldlike actions are conveyed through multiple linguistic and kinesic features and are culture-specific.

 

Key words:

 

1.   Scaffolding

2.   Classroom discourse

3.   Teacherpupil interaction

4.   Peer interaction

5.    Bruner

6.   Vygotsky

7.    Freire

8.   Zone of proximal development

9.    Gumperz

10.  Contextualization cues

11.  IRE sequence of classroom discourse

12.  Reconceptualization

13.  Micoethnographic methodology

 

Encyclopedia of Language and Lingusitics, 2nd. Edition, vol 10, pág. 775, Londres: Elsevier, 2005

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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