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‘Ninguém vai impedir’ que Enem passe pelo crivo de Bolsonaro, diz futuro ministro da Educação

Em sua primeira entrevista depois de indicado, Vélez Rodríguez afirma também que ‘quem define gênero é a natureza’

O Globo

27/11/2018 - 10:13 / 27/11/2018 - 14:00

SOC Rio de Janeiro (RJ) 23/11/2018 Bolsonaro anuncia Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação. Foto reprodução de vídeo Foto: Picasa / Agência O Globo

LONDRINA - O futuro ministro de Educação do governo de Jair Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez , disse que "ninguém vai impedir" que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passem pelo crivo do presidente eleito antes de serem aplicadas.

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— Se o presidente se interessar, né? Ninguém vai impedir. Ótimo que o presidente se interesse pela qualidade das nossas provas — afirmou ele.

A declaração foi dada na noite de segunda-feira, dia 26, quando ele falou à imprensa pela primeira vez, durante uma recepção em sua homenagem na Universidade Positivo, em Londrina, norte do Paraná. Ele mora na cidade com a família e dá aulas de Relações Internacionais nessa instituição particular.

Ainda sobre o Enem, Vélez Rodríguez afirmou que a prova precisa ser preparada de forma a evitar doutrinação:

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— Tem que ser uma prova que avalie realmente os conhecimentos, e que não obrigue o aluno a assumir determinada posição com medo de levar "pau". Tem muito aluno que me falou: "Professor, eu tento responder certo, não quero levar 'pau'".

Ele foi anunciado como ministro da Educação pelo presidente eleito na última quinta-feira (22). Nascido na Colômbia e naturalizado brasileiro em 1997, o futuro ministro é autor de mais de 30 obras e professor emérito da Escola de Comando do Estado Maior do Exército.

O futuro ministro é mestre em pensamento brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); doutor em pensamento luso-brasileiro pela Universidade Gama Filho; e pós-doutor pelo Centro De Pesquisas Políticas Raymond Aron.

Veja abaixo outros trechos da entrevista.

Projeto Escola sem Partido

Vélez Rodríguez contou que assistiu a uma sessão da Câmara dos Deputados na qual se discutia o projeto de lei Escola sem Partido, e considera que a discussão está sendo muito aberta.

— Acho que está acontecendo uma discussão muito aberta e vai haver uma moderação na regulamentação disso. Não acredito que haja violação dos direitos das pessoas para se exprimirem — disse.

Ele se posicionou, novamente, a favor do projeto, alegando que hoje partidos políticos exercem influência sobre estudantes dentro de escolas de ensino fundamental e médio:

— Eu acho que a doutrinação não é boa para o aluno, nos primeiros anos, no ensino básico, fundamental, tem que ser educado fundamentalmente para integrar-se na sua comunidade, no seu país, que é um país suprapartidário. Não é um partido político que vai fazer com que o menino, o jovem tenha consciência cidadã.

Gênero

O futuro ministro alegou que discorda da discussão sobre questões de gênero em sala de aula porque "quem define gênero é a natureza”. Ele diz que considera esse tipo de debate abstrato.

— Olha, eu não concordo (com a discussão em sala de aula) por uma razão muito simples: quem define gênero é a natureza. É o indivíduo. Então a discussão da educação de gênero me parece um pouco abstrata, um pouco geral — disse ele.

Ele citou o exemplo do Canadá, país que ele visitou em julho. Ele afirmou que o governo canadense decretou a educação de gênero nas escolas por meio de uma lei federal, mas as províncias autônomas começaram a discutir o tema localmente. E algumas, onde o governo é conservador, derrubaram a lei.

— Então eu acredito que, quando consultadas as pessoas onde moram, enxergando o indivíduo, a educação de gênero é um negócio que vem de cima para baixo, de uma forma vertical e não respeita muito as individualidades. A culminância da individualização qual é? A sexualidade. Então, se eu brigo com um indivíduo, vou brigar com a sexualidade e vou querer regulamentar a sociedade por decreto, o que não é bom. Eu acho que é um tiro fora do alvo — afirmou.

Prioridades no MEC

Vélez Rodríguez disse que a prioridade na sua gestão será "dar importância" aos alunos e aos professores que se sentem oprimidos.

— Para mim o valor fundamental é servir as pessoas. Então, vou tentar dar importância às pessoas, ao aluno em sala, aos professores que se sentem oprimidos pela violência que há em sala, isso precisa ser equacionado — afirmou.

Ele acrescentou que o foco será melhorar as condições do ensino nas escolas municipais:

— É aí onde se forma a consciência cidadã, a educação para cidadania, e onde se pode começar a resgatar a qualidade do nosso ensino. Acho que temos a necessidade de voltar os olhos para o cidadão, para o aluno, para a pessoa, para as pessoas individuais, com suas diferenças, suas preocupações.

Universidade pública

O futuro ministro do MEC acredita que as universidades ficaram reféns de uma doutrinação de “cunho marxista”, e que é preciso “abrir a mente e o espírito para que haja compreensão de outras formas de ensino e educação”.

— Eu acho que a universidade pública tem que permanecer pública. Mas com uma gestão eficiente, uma gestão em que o cidadão veja que o que está pagando tem resultado. E nossa estrutura de universidade pública sai quatro, cinco vezes mais cara que de uma universidade particular. Precisamos justificar isso perante o eleitorado que é quem financia — pontuou.

Colégios militares

Ele afirmou que os colégios militares devem ser considerados exemplos para as instituições de ensino do Brasil.

— Não para que virem colégio militar, não. Mas para que olhem que é possível ter eficiência, disciplina, sem sacrificar a alegria de viver. Eu sempre valorizei a Escola de Estado Maior do Exército e o Centro de Estudos do Exército, porque em qualquer disciplina a gente é avaliado no final. E lhe apresenta a possibilidade de ver os seus erros e de corrigi-los. O que eu acho maravilhoso, a gente só tem a crescer com essa modalidade de ensino disciplinar. Os colégios militares, hoje, representam para o Brasil, o que há de melhor em termos de qualidade, exigência, de disciplina. É interessante visitar um colégio militar, a gente fica surpreendido como professor — declarou.

Ensino médio

O futuro ministro também defendeu que os estudantes saiam do ensino médio prontos para o mercado de trabalho.

— Nem todo mundo é chamado à universidade. É bobagem pensar que a democratização da universidade é universal (...) Nem todo mundo gosta de universidade. Eu acho que o segundo grau teria como finalidade mostrar ao aluno que ele pode pôr em prática esses conhecimentos e ganhar grana com isso, como os youtubers estão ganhando grana sem frequentar universidade — disse.

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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