A Brasília que não lê

Quem são esses brasileiros analfabetos residentes no DF?

Leia Mais

Projeto Leitura

O Projeto Leitura, tem como objetivo vencer um dos maiores desafios encontrados pelos professores e amantes da literatura: Criar o hábito da leitura.

Leia Mais

Projeto LEF

Projeto LEF Confira artigos, trabalhos, Vídeos, Fotos, projetos na seção do Letramento no Ensino Fundamental.

Leia Mais

Nova York, 23/06/2010
AL avança em nutrição e paridade de gênero
Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio revela, porém, que desmatamento na região da América Latina e Caribe é alarmante

Governo de Mato Grosso/Divulgação
Leia o documento
Relatório 2010 em inglês

Relatório 2010 em espanhol
Leia mais
ODM: o que Brasil já fez e o que falta fazer

A 5 anos dos ODM, Brasil atinge duas metas
da PrimaPagina

 

A região da América Latina e Caribe mostra progressos significativos no combate à desnutrição infantil e à desigualdade de gênero. Em contrapartida, está entre as que mais desmataram no período entre 1990 e 2000. Essas são algumas das conclusões do Relatório sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2010, lançado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas.

 

O documento afirma também que os avanços ocorrem, na maioria das vezes, em velocidade inferior ao necessário, e que a crise econômica de 2008 e 2009 retardou progressos no combate à pobreza extrema, embora não deva impedir o cumprimento, até 2015, da meta de diminuir pela metade a proporção de pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia.

 

A América Latina e o Caribe, segundo o relatório, estão próximos de atingir a meta de reduzir os casos de desnutrição infantil pela metade. A porcentagem de crianças de até 5 anos abaixo do peso chegou a 6% em 2008, contra 11% em 1990.

 

A região também conseguiu uma queda de 25% no quadro geral de desnutrição, maior do que a observada no resto do mundo em desenvolvimento (20%). Tendo em conta a meta de reduzir pela metade o número de pessoas desnutridas, no entanto, fica a constatação de que apenas parte do caminho foi percorrida.

 

O documento considera que o progresso na redução da fome tem sido bloqueado na maioria das regiões, em grande parte por causa da crise econômica - que impediu que 114 milhões de pessoas deixassem a miséria - e pelos preços do alimentos, que continuam altos. Desde 2002, a proporção de pessoas desnutridas no mundo parou de cair.

 

Além disso, estimativas da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) mostram que o número absoluto de famintos aumenta. Em 1990, eles eram 817 milhões. Em 2009, devem ultrapassar a barreira de 1 bilhão.

 

Gênero e educação

 

Outra meta que caminha bem na região é a igualdade de gênero. A América Latina e o Caribe foram os que mais avançaram na proporção de cargos parlamentares ocupados por mulheres, passando de 15% em 2000 para 23% em 2003. A proporção de cargos de nível elevados ocupados por elas também teve o segundo maior avanço no mundo, alcançando a marca de 32% em 2008.

 

Na educação, a paridade entre meninos e meninas já foi alcançada em todos os níveis de ensino (fundamental, médio e superior), o que, entre as regiões em desenvolvimento, só foi conquistado pelos países da Comunidade dos Estados Independentes - grupo de nações que compunham a antiga União Soviética.

 

No entanto, a região da América Latina e Caribe estacionou no avanço do número de matrículas no ensino fundamental, necessário para alcançar a universalização desse nível, como pede o segundo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

 

Entre 1999 e 2008, a porcentagem de matrículas subiu apenas 1 ponto percentual, de 94% para 95%. No mundo, o ensino primário chega a 86% dos meninos e meninas. Mas o ritmo de crescimento das matrículas é insuficiente para cumprir a meta até 2015, avalia a ONU.

 

Doenças

 

O documento mostra ainda avanços no combate a doenças. Aids e tuberculose, as duas enfermidades infecciosas que mais matam, já tiveram diminuídos os números de novos casos.

 

No entanto, o acesso universal ao tratamento anti-HIV, uma meta embutida no sexto dos ODM, enfrenta o grave problema do crescimento em uma proporção menor do que o número de novos casos. Para cada dois portadores que dão início ao tratamento a cada ano, cinco pessoas são infectadas.

 

Na América Latina, que tem uma das maiores coberturas aos soropositivos, a porcentagem de infectados que recebe tratamento atingiu apenas 54% em 2008. No caso da tuberculose, embora a incidência tenha baixado, a velocidade é ainda menor do que o crescimento vegetativo da população, o que significa que o número absoluto continua em alta.

 

Meio ambiente

 

Ainda segundo o relatório, o meio ambiente continua fora das equações de desenvolvimento econômico. Apesar de programas ambiciosos de reflorestamento em países como China, Índia e Vietnã, e do ritmo de desmatamento ter diminuído em relação aos níveis de 1990, o problema continua "alarmante": 13 milhões de hectares de floresta foram perdidos anualmente na última década (contra 16 milhões na década de 90).

 

Só a América Latina perdeu 10% de sua cobertura original nesses 20 anos, número comparável ao da África Subsaariana e somente menor do que o do Leste Asiático (15%). Com relação à emissão de CO2, todas as regiões estão poluindo mais. O nível mundial aumentou 35%, para 29,6 bilhões de toneladas métricas de CO2, em grande parte por causa do aumento dos países emergentes, que dobraram (109%) suas emissões.

 

Crise e poluição

 

Embora exista a expectativa de que a crise de 2008 tenha causado uma redução nesse quesito, a recuperação mundial deve levar a outro crescimento, fazendo com que, em 2020, as emissões cheguem a um patamar 65% maior do que o visto.

 

A situação para a biodiversidade também não é boa, embora progressos estejam ocorrendo. Apenas metade das 821 "ecorregiões terrestres" do mundo - grandes áreas com combinações características de habitats, espécies e formação geográfica - tem 10% de suas áreas protegidas.

 

A Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada em 1992 por 168 países, previa que até este ano todas as ecorregiões tivessem pelo menos 10% de área protegida.

 

Embora se saiba que o mundo possui conhecimento e recursos capazes de reverter essa tendência, avaliação e equacionamento das estratégias de ação precisam ser realizados pelas nações, com mais comprometimentos. E isso acontecerá em setembro. Faltando cinco anos para o prazo estipulado pelos ODM, líderes de todo o mundo se reunirão em Nova York para a Alta Cúpula de Revisão dos ODM.

Categoria pai: Seção - Blog

Pesquisar

PDF Banco de dados doutorado

Em 30 de junho de 2025, chegamos a 2.053 downloads deste livro. 

:: Baixar PDF

A Odisseia Homero

Em 30 de junho de 2025, chegamos a  8.773 downloads deste livro. 

:: Baixar PDF

:: Baixar o e-book para ler em seu Macintosh ou iPad

Uma palavra depois da outra


Crônicas para divulgação científica

Em 30 de junho de 2025, chegamos a 16.170 downloads deste livro.

:: Baixar PDF

:: Baixar o e-book para ler em seu Macintosh ou iPad

Novos Livros

 





Perfil

Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

Leia Mais

Publicações

Do Campo para a cidade

Acesse: