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Um dos segredos do bom funcionamento do sistema de ensino superior da Austrália é o fato de eles não comportarem uma estrutura burocrática, mas sim uma estrutura dinâmica que permite às IES criar e inovar a partir dos parâmetros gerais do governo. A Australian Qualification Framework (AQF) é a agência governamental responsável pelo controle das normas de funcionamento. Ela atua muito mais como uma agência que supervisiona do que como uma agência reguladora e burocrática e, mesmo estabelecendo diretrizes para o ensino superior, consegue preservar a autonomia supervisionada das IES.

Já o sistema de avaliação está sob a supervisão da Tertiary Education Quality Standards Agency (TESLA), que é uma entidade independente, apesar de ser estatal. O governo não interfere em suas diretrizes, o que possibilita que ela desenvolva instrumentos de avaliação mais qualitativos e menos quantitativos. Há visitas in loco, mas o caráter é formativo e de colaboração. Obviamente, se alguma IES não cumpre as diretrizes, ela pode ser impedida de funcionar.

O Ministério da Educação define padrões nacionais de competências (national skills framework), a partir dos quais as universidades desenvolvem seus curriculos. Cabe aos empregadores, à sociedade e aos próprios estudantes avaliarem se a IES é de fato qualificada. Isso significa que o prestígio social da instituição e seu impacto na sociedade são valorizados.
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Modelos acadêmicos

As universidades, de modo geral, possuem programas estruturados e focados na vivência dos estudantes. Todos eles devem se envolver com algum projeto de impacto social e trabalhar em projetos práticos que tenham significado para a formação, para a vida, para a profissão e que lhes permitam perceber e sentir todos os aprendizados que uma universidade proporciona. Para citar alguns exemplos, os alunos são estimulados a pensar em seu próprio negócio ou startup e a adquirir vivências no exterior para conviver com diferentes culturas. No lugar do TCC, muitos cursos também cobram a realização de estágios e a posterior entrega de relatórios. Fica evidente que o currículo australiano não se resume a um conjunto de disciplinas com um volume enorme de conteúdo.

Para a professora Ana Valéria S. A. Reis, do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal), que acompanhou o grupo nessa instigante Missão, “a inovação acadêmica é uma concepção inserida na organização das IES australianas, já que as universidades possuem programas de engajamento dos estudantes em atividades de aprendizagem ativa”.

No Brasil, apesar dos avanços da legislação educacional de 2017, ainda é preciso criar mecanismos para as IES inovarem sem serem punidas por isso. Propostas de avaliação como o Enade, por exemplo, nem sempre são adequadas para os modelos acadêmicos que rompem com as estruturas convencionais.

Com essa liberdade para inovar, a Austrália avançou no uso de tecnologias para melhorar o acesso e acompanhar a vida dos estudantes. As plataformas tecnológicas são amplamente utilizadas de forma qualificada. A Bond University, por exemplo, oferece uma série de atividades acadêmicas com foco na formação por competências e na empregabilidade dos estudantes, via plataforma digital. Já a University of Southern Queensland realiza eventos e feiras de profissões virtuais, disponibiliza cursos híbridos e acompanha a vida de seus estudantes de forma construtiva.

A instituição possui mais de 20 mil estudantes em cursos de graduação, mestrado e doutorado a distância. Durante a visita a essa instituição, os participantes da Missão Técnica puderam conhecer o modelo de EAD que utiliza diversos recursos tecnológicos e instiga a interação entre os estudantes. Aliás, em toda a Austrália, os cursos EAD não são vistos como cursos mais baratos ou de baixa qualidade. No máximo, alguns cursos EAD podem custar 20% menos que um curso presencial, mas geralmente o preço é equivalente, visto que ambos possuem o mesmo conteúdo e a mesma qualidade. Há, sim, questões de mudança cultural, assim como no Brasil, em que IES, professores e estudantes estão aprendendo a atuar no modelo EAD.

O ensino profissionalizante de nível técnico também é extremamente valorizado, especialmente por meio dos conhecidos Vocational Education and Training (VET), que têm por objetivo qualificar rapidamente o profissional para o mercado de trabalho. Há mais de 45 mil cursos vocacionais conhecidos como VET, que são geralmente oferecidos por uma instituição pública chamada Technical and Further Education (TAFE) e/ou por universidades e colleges privados.

O currículo dos VETs é formado por competências e elaborado em conjunto com os empregadores, que valorizam a formação prática, sem descuidar da teoria. A escola proponente precisa declarar as habilidades e competências de cada curso oferecido e seguir as diretrizes impostas pelo Ministério da Educação, que supervisiona esses cursos, em parceria com os empregadores e organizam conselhos locais que avaliam o impacto dos VETs na qualificação das pessoas.

O sistema de ensino superior da Austrália permite que o estudante faça diferentes trilhas para completar sua formação. Ele pode, por exemplo, começar seus estudos pelo VET e, após a conclusão, ingressar em um curso de graduação convencional para conseguir seu diploma de bacharelado.

Fonte: Revista de Ensino Superior.com.br

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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