Professores e especialistas discutiram os desafios para cumprir a Lei de Diretrizes da Educação


O currículo das licenciaturas da Universidade de Brasília vai mudar. Professores, estudantes e representantes do governo se reuniram nesta quinta-feira, 13 de agosto, para discutir os desafios da formação de docentes e caminhos para as mudanças curriculares. A reforma das licenciaturas faz parte do Reuni, o plano de reestruturação das universidades federais, e vai atender exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

As alterações pedagógicas foram determinadas por resolução do Conselho Nacional de Educação de 2002. “Mas não tínhamos como cumprir as regras de estágio, por exemplo, por falta de profissionais no quadro”, explica a professora Isabel Montandon, coordenadora da Comissão de Integração das Licenciaturas da UnB. Conforme as diretrizes, os estudantes deveriam ter cerca de 800 horasaula de prática. “Os cursos também precisam oferecer disciplinas voltadas à formação de professores desde o começo da graduação”, completa Isabel. Para se ter uma ideia, há licenciatura que exigem apenas 120 horasaula de estágio em sala de aula, todas no último semestre.

O Decanato de Ensino de Graduação trabalha para que todos os departamentos com licenciaturas estejam mobilizados até o final do ano. “Espero que, até lá, as unidades acadêmicas tenham projetos pedagógicos em fase final. Outra necessidade é que a licenciatura possua estrutura administrativa própria”, explica Isabel Montandon. A professora também reivindica valorização dos professores dentro da universidade. “Hoje muitos departamentos decidem em seus colegiados que as vagas não serão para profissionais com perfil de professor”, reclama. O DEG pretende realizar, pelo menos, um fórum como o desta quinta-feira por mês.

EXPERIÊNCIA – A Universidade de São Paulo implantou reformas nos cursos de licenciatura há dois anos e meio. O ensino para os futuros professores se divide em quatro blocos, com prática pedagógica desde os primeiros semestres. A pró-reitora de Graduação da USP, Selma Pimenta, defende que conhecimento em educação entre no currículo de outros cursos. “Um bacharel em História, ainda que não seja professor, vai ser um melhor profissional se tiver essa base”, exemplifica.

O Ministério da Educação calcula que 350 mil professores da rede pública não têm formação superior. Outros 300 mil possuem formação fora da área em que trabalham. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou o Plano Nacional de Formação dos Professores, que vai unir esforços de 91 universidades brasileiras para reduzir esse déficit. A UnB participa da iniciativa por meio da Universidade Aberta do Brasil, com pólos presenciais em 13 estados brasileiros.

O diretor de Educação Básica Presencial da Capes, João Carlos Teatini, afirma que a agência de fomento vai investir R$ 1,8 bilhão para formar 330 mil professores até 2014. “Agora que há o piso salarial e as diretrizes, os professores têm recompensa ao investir na formação básica e continuada adequada”, finaliza. Segundo Teatini, a Capes deve criar ainda este ano três programas para incentivar a docência no Brasil, um deles com foco nos profissionais aposentados da rede – o Bolsa Aposentado Ativo.

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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