Meu nome é Raimundo Nonato Silveira e eu tenho nove anos. Eu moro com meu pai, minha mãe e minha irmã. Meu pai se chama João Pedro Silveira. Minha mãe se chama Maria da Glória Silveira e o nome da minha irmã é Ana Maria Silveira. Perto da nossa casa tem uma casa grande e velha. O pessoal que morava lá se mudou e agora não tem ninguém morando lá. Faz uns dias eu estava passando em frente da casa e vi que a porta não estava trancada, estava só encostada. Me deu uma vontade danada de entrar. Mas vocês sabem, a gente não pode ir entrando assim na casa dos outros. Enquanto eu pensava se devia entrar ou não, cheguei mais perto da porta.

.Aí ouvi um barulhinho. Parecia um bichinho arranhando o chão. Aí fiquei com um pouco de medo. Lá de dentro vinha o barulhinho: rec, rec, rec... Fui empurrando a porta devagar e entrei na sala. Puxa, que medo! A sala estava um pouco escura porque as janelas estavam fechadas. Aí ouvi de novo o barulhinho: rec, rec, rec... Olhei e vi que num canto da sala tinha um buraco. O barulhinho vinha dali: rec, rec, rec... Rapaz, fiquei pensando: o que será que estava dentro daquele buraco? E se fosse um rato desses grandes? A entrada do buraco era pequena. Você já viu, né? Se era um bichinho que tinha caído ali ele agora não estava dando conta de sair. Aí então eu resolvi: vou enfiar minha mão no buraco e ajudar o bichinho a sair. Mas, olha eu estava com medo! E se fosse uma ratazana? Mordida de ratazana é perigosa, transmite doença.

Tive então uma idéia: vou chegar bem perto do buraco e vou imitar as vozes de uns bichinhos e ver se esse aí me responde. Pensei primeiro: vai ver é um gato. Então comecei: miau, miau, miau... mas do buraco só vinha rec, rec, rec... Gato não é. Quem sabe é um filhote de cachorro: au, au, au... fiz eu. Mas o bichinho não queria conversa, só queria sair do buraco e continuava a fazer rec, rec, rec... Sabe que eu já estava ficando meio desanimado. Pensei até em ir embora, mas o rec, rec, rec continuava e tive pena do bichinho. Aí eu pensei: será um desses macaquinhos que vivem nos galhos das árvores aqui perto? Aí eu fiz assim: qui, qui, qui... Também não veio resposta. Não era um macaco, não era um gato, não era um filhote de cachorro. O que seria então?

 Finalmente criei coragem e fui enfiando devagarinho a minha mão no buraco. Toquei num pêlo macio e num focinho frio. O meu bichinho tinha duas orelhas compridas. Com cuidado botei minha mão por baixo, na barriga do bichinho, e fui tirando ele de dentro do buraco. Não era um macaco. Não era um gato, não era um cachorro, era um coelho branco que me olhou assustado, cheirou minha mão e depois saiu correndo para fora da casa. Ainda tive tempo de dizer: tchau coelhinho! E lá se foi ele. (Esta historinha foi publicada em fascículo de minha autoria no Programa Praler ( MECFNDE) em várias edições.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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