Internet brasileira cresce 10% e chega a 36,4 milhões de usuários
Número de internautas refere-se ao ambiente residencial e de trabalho.
Do G1, em São Paulo
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Em julho de 2009, o número de brasileiros que usaram a internet em casa ou no trabalho chegou a 36,4 milhões, um crescimento de 10% em relação aos 33,2 milhões de pessoas que acessaram a web nesses ambientes em junho. Só no ambiente doméstico, a quantidade de internautas ativos ficou em 27,5 milhões -- 40,2 milhões de brasileiros vivem em residências onde há pelo menos um PC conectado, mas nem todos o utilizam.
Se consideradas LAN houses e telecentros, total chega a 64,8 milhões.
Proposta foi apresentada ao governo nesta semana.
Estudantes passariam dos atuais 64.626 para 116.618.
Reitores das universidades federais brasileiras querem alavancar a pós-graduação no país e elevar em 80% o número de estudantes neste nível de ensino até 2012.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) apresentou nesta semana um plano de apoio à ampliação dos cursos de mestrado e doutorado – o PAPGIFES. O projeto foi levado ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. As informações são da Agência UnB.
A proposta da Andifes se baseia em levantamento realizado nas pró-reitorias de pós-graduação das universidades federais. Segundo o estudo, o Brasil tem hoje 1.117 cursos de mestrado e 638 de doutorado. Ao final de quatro anos, os reitores querem aumentar esse número para 1.761 cursos de mestrado e 1.161 de doutorado.
A quantidade total de estudantes passaria dos atuais 64.626 para 116.618. “Recebemos muito bem a proposta. É provável que o plano nacional da pós seja lançado em novembro, em parceria com o Ministério da Educação”, disse Antônio Ibañez Ruiz, secretário adjunto do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Para atingir a ambiciosa meta, o governo teria de investir cerca de R$ 1 bilhão por ano – R$ 4 bilhões até 2012. O presidente da Andifes, Alan Barbiero, explica que parte dessa verba já existe, mas está pulverizada em programas governamentais sem o foco do PAPGIFES.
“Queremos qualificação, investimento e crescimento da pós-graduação brasileira. Qualificação e investimento já existem em ações governamentais. Para a expansão, será preciso acréscimo financeiro. O CNPq e a Capes farão o levantamento dos recursos necessários”, disse Barbiero.
A proposta da Andifes também fortaleceria o Reuni, o plano de reestruturação e expansão das universidades federais. Essa nova política representa uma maneira de aprimorar ainda mais o Reuni, com a inserção de mais pesquisadores nas universidades, comentou o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior. Ele reforçou que institucionalização de um programa para a pós também evitaria desvio de foco durante o ano eleitoral.
Falhas
Entre os principais problemas da pós-graduação brasileira apontados pela Andifes, está a formação de mão-de-obra qualificada em todas as regiões brasileiras.
Só na Universidade Federal de Minas Gerais há mais cursos de doutorado do que em toda a região Norte. O presidente da Andifes esclarece que o PAPGIFES vai atuar na redução das desigualdades regionais e entre as áreas do conhecimento.
No entanto, a proposta será trabalhada de forma compatível com a política nacional industrial. “Como houve a abertura de novos campi no interior do Brasil, precisamos agora fixar os doutores nessas cidades”, ressaltou Alan Barbiero.
Os ocidentais leem as expressões faciais de forma diferente dos asiáticos, prestando mais atenção à boca, ao contrário dos orientais, que se focam fortemente nos olhos, aponta um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, apresentado nesta quinta-feira (13).
Essa negligência dos orientais em relação à boca pode levar a um número maior de erros na interpretação das emoções, afirma o estudo, apontando como sentimentos podem se perder na tradução.
Mostramos que ocidentais e orientais observam diferentes características do rosto para ler as expressões faciais, explica Rachael Jack, da equipe da Glasgow University.
Ocidentais olham os olhos e a boca em igual medida, enquanto os orientais favorecem os olhos e negligenciam a boca. Isso significa que os orientais têm dificuldade em distinguir expressões faciais que parecem similares e próximas à região do olho.
No estudo, voluntários foram convidados a olhar para fotografias de rostos com sete expressões emocionais básicas: felicidade, tristeza, raiva, repulsa, medo, surpresa e neutro.
Os participantes asiáticos tiveram dificuldade em reconhecer expressões faciais de medo e repugnância, erroneamente interpretando-as como surpresa e raiva, diz a pesquisa, publicada na revista Current Biology.
Ao contrário dos participantes ocidentais, que levaram em conta pistas de todo o rosto, os asiáticos centraram-se principalmente nos olhos, onde a informação é frequentemente semelhante demais para poder discriminar algumas expressões, continua o estudo.
Jack acrescenta ainda que é interessante, embora a região dos olhos seja ambígua, os indivíduos tendem a escolher as emoções socialmente menos ameaçadoras, como surpresa em vez de medo, por exemplo.
Isso talvez possa destacar as diferenças culturais no que se refere à aceitação social das emoções, acrescenta.
A pesquisa conclui que houve diferenças de percepção genuínas entre os dois grupos analisados e que mais pesquisas ainda devem ser realizadas.
Caso contrário, quando se trata de comunicar emoções através das culturas, ocidentais e orientais vão ficar perdidos na tradução.
Professores e especialistas discutiram os desafios para cumprir a Lei de Diretrizes da Educação
O currículo das licenciaturas da Universidade de Brasília vai mudar. Professores, estudantes e representantes do governo se reuniram nesta quinta-feira, 13 de agosto, para discutir os desafios da formação de docentes e caminhos para as mudanças curriculares. A reforma das licenciaturas faz parte do Reuni, o plano de reestruturação das universidades federais, e vai atender exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
As alterações pedagógicas foram determinadas por resolução do Conselho Nacional de Educação de 2002. “Mas não tínhamos como cumprir as regras de estágio, por exemplo, por falta de profissionais no quadro”, explica a professora Isabel Montandon, coordenadora da Comissão de Integração das Licenciaturas da UnB. Conforme as diretrizes, os estudantes deveriam ter cerca de 800 horasaula de prática. “Os cursos também precisam oferecer disciplinas voltadas à formação de professores desde o começo da graduação”, completa Isabel. Para se ter uma ideia, há licenciatura que exigem apenas 120 horasaula de estágio em sala de aula, todas no último semestre.
O Decanato de Ensino de Graduação trabalha para que todos os departamentos com licenciaturas estejam mobilizados até o final do ano. “Espero que, até lá, as unidades acadêmicas tenham projetos pedagógicos em fase final. Outra necessidade é que a licenciatura possua estrutura administrativa própria”, explica Isabel Montandon. A professora também reivindica valorização dos professores dentro da universidade. “Hoje muitos departamentos decidem em seus colegiados que as vagas não serão para profissionais com perfil de professor”, reclama. O DEG pretende realizar, pelo menos, um fórum como o desta quinta-feira por mês.
EXPERIÊNCIA – A Universidade de São Paulo implantou reformas nos cursos de licenciatura há dois anos e meio. O ensino para os futuros professores se divide em quatro blocos, com prática pedagógica desde os primeiros semestres. A pró-reitora de Graduação da USP, Selma Pimenta, defende que conhecimento em educação entre no currículo de outros cursos. “Um bacharel em História, ainda que não seja professor, vai ser um melhor profissional se tiver essa base”, exemplifica.
O Ministério da Educação calcula que 350 mil professores da rede pública não têm formação superior. Outros 300 mil possuem formação fora da área em que trabalham. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou o Plano Nacional de Formação dos Professores, que vai unir esforços de 91 universidades brasileiras para reduzir esse déficit. A UnB participa da iniciativa por meio da Universidade Aberta do Brasil, com pólos presenciais em 13 estados brasileiros.
O diretor de Educação Básica Presencial da Capes, João Carlos Teatini, afirma que a agência de fomento vai investir R$ 1,8 bilhão para formar 330 mil professores até 2014. “Agora que há o piso salarial e as diretrizes, os professores têm recompensa ao investir na formação básica e continuada adequada”, finaliza. Segundo Teatini, a Capes deve criar ainda este ano três programas para incentivar a docência no Brasil, um deles com foco nos profissionais aposentados da rede – o Bolsa Aposentado Ativo.
Ocidentais avaliam as expressões
faciais de forma diferente
dos orientais